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Leo acordou devagar, sem muita vontade disso. O monge virou na cama, nem Tsubasa ou Kouga estavam ali, somente Rei ainda permanecia dormindo ao seu lado. Sabia que o cavaleiro dourado tinha um compromisso logo cedo: investigar um lugar para o Senado.Talvez Tsubasa tivesse ido junto. Ou talvez ele não quisesse encarar Leo naquela manhã.

Isso era normal, nem o monge gostaria de se encarar hoje. Olhou novamente o relógio, pensando em levantar. Não que ele quisesse levantar e enfrentar o dia, de qualquer forma. Odiava relembrar o passado, principalmente quando tinha a certeza que essas lembranças foram compartilhadas entre todos.

Virou de lado, vendo Rei ainda adormecido, sentindo um nó na garganta. Era difícil para quem estava fora entender o que os unia, o amor que existia entre eles quatro. Kouga foi o ponto inicial, mas hoje havia muito mais que amizade e cumplicidade entre ele, Tsubasa e Rei. Havia amor, talvez não o mesmo que eles sentissem por Kouga, mas, ainda assim, era amor.

O mesmo amor de formas diferentes. Rei e Tsubasa pareciam irmãos, aquela competição típica de um irmão mais novo com o mais velho. Eles brigavam, reclamavam e nunca se largavam. Leo sorriu, se lembrando que Rei muitas vezes era o único que fazia com que Dan resolvesse comer algo. Ou que descansasse, ou que parasse de treinar tanto.


Entre ele e Rei era diferente, muito diferente. Não havia aquela rixa, Rei muitas vezes agia perto de Leo como um protetor. Ele o incentivava, admirava. E desde a viagem que fizeram juntos a Kantai, ele sabia como Tsubasa o via e reconhecia. Não era diferente no sentimento, apenas na forma de se demonstrar o mesmo. Agora, tinha medo de perder tudo aquilo, de tudo simplesmente desaparecer. Por causa de Sigma. Por causa da verdade.

Leo fechou os olhos, deixando a lágrima escapar e escorrer por seu rosto, sem perceber que Rei acordara e o estava observando. Por algum motivo qualquer, para o Zero, ver o monge sofrendo era quase impossível suportar. Ele sempre despertava seu lado mais protetor e possessivo.

Se inclinando devagar, Rei beijou a lágrima que escorreu pelo rosto do moreno, o fazendo abrir os olhos. Ele queria falar tantas coisas, dizer que estava tudo bem, que não era preciso chorar, que ninguém iria julgá-lo ou qualquer idiotice parecida, mas por algum motivo não sabia onde achar as palavras.

Amava tanto o Kouga que estava virando uma versão dele? Era o fim do mundo. Só que Rei sabia que nenhuma palavra ajudaria naquele momento. Leo precisava de atos e não frases para sentir que era amado, não importando seu passado. Se for assim, Rei estava acabado com isso de “o passado que me condena”.

Tomando a decisão, Rei puxou o monge para si, iniciando o beijo, o prendendo entre os braços, dando o que Leo precisava: todo o amor que podia existir. O toque suave entre as línguas. As mãos que exploravam seus corpos, mutuamente. O ritmo lento, sem pressa.

Leo se espalhou na cama, com Rei explorando sua pele. Boca, dentes, língua, tudo, se divertindo em contar as pintas do monge. Ele se contorcia com as mãos de Zero em seu sexo, a voz dele falando algo em francês, ou espanhol. Ou qualquer outra língua, Leo não conseguia definir o que era, apenas o que significava. Não era difícil de traduzir: te amo, em qualquer tipo de linguagem.

A forma como ele o deitou de lado, se encaixando no monge, entrando em seu corpo devagar, saboreando cada momento, os dois se movendo juntos. O peito de Rei em suas costas, a boca dele em seu pescoço, mordendo a ponta de sua orelha, chupando só o lóbulo macio. A forma como ele arremetia cada vez mais fundo, mais prazeroso.

O grito mudo de ambos, o gozo e êxtase os deixando meio tontos, meio aéreos, totalmente satisfeitos. Os dois ficando dessa forma por um bom tempo, abraçados e sem falar nada. Palavras não eram necessárias, nunca foram. Não para eles.

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Tsubasa abaixou o Bo, a respiração rápida e cansada. O cavaleiro estava treinando desde que levantou. Kouga já havia saído e Leo e Rei não demonstravam nem indício que levantariam tão cedo. O cavaleiro de Dan saiu da cama sem fazer barulho, se trocando e deixando a mansão sem comer nada, para insatisfação de Gonza.

Isso foi há quase 6 horas atrás, e ele estivera treinando sem parar. Sentia falta de Kantai, sentia falta de Rin, de seu lar. Ao mesmo tempo em que gostava de estar ali, enfrentando essa mudança em sua vida. 

Ninguém entendia porque ele era tão certinho, seguindo todas as regras, todas as normas. Treinando da forma que fazia quase a exaustão completa. Porque ele endurecera tanto seu coração, sem conseguir confiar nas pessoas, sem conseguir se entregar. Nem a sacerdotisa Garai sabia de toda a verdade.

Tsubasa era taxado como a diva, a prima donna, o menino mimado. Ele não ligava para nenhuma dessas opiniões. Aprendera a usar magia com sua mãe, ela era uma sacerdotisa makai muito talentosa. Todos diziam que ele era o mais parecido com a mãe e não muito com seu pai, tirando na determinação e força de vontade.

Passou a mão pelo cabelo, tirando a franja de cima de seus olhos. Estava ainda mais longo, quase em um corte reto como o do Rei, só permanecia com o mesmo jeito rebelde. Limpando o suor do rosto e pegando a garrafa de água que havia trazido consigo, Dan ficou olhando para a floresta. Estava no meio de um parque, na parte mais escondida e afastada dele.

Lembrava Kantai, lembrava a floresta em que crescera. Era um dia igual a esse, um dia qualquer como esse. O sol brilhava da mesma forma, nada de anormal. E ainda assim aquele mudara a sua vida por completo. Tsubasa balançou a cabeça, pegando o Bo de volta. Treinar era o que ele deveria fazer, ainda não tinha sido o suficiente.

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Kouga chegara ao local, era uma igreja abandonada e havia a possibilidade de ser um portal de horror. O cavaleiro dourado entrou no lugar, procurando pela energia negativa.

    — Kouga, existe uma energia estranha aqui, mas não consigo definir se é um portal ou não. — Zaruba falara.

    — Sim, eu percebi. — Garo disse, olhando ao redor. Tinha aquela sensação de algo fora do lugar.

Ele caminhou pelo local, os bancos estavam jogados e quebrados, o altar já nem existia. O sol brilhava intensamente lá fora e entrava em brechas pelas janelas destruídas.

    — Kouga. — Zaruba falara, mas ele já havia sentido. Conhecia aquela energia.

Ele levantou a espada, bloqueando o golpe que recebera. Sigma surgiu na frente dele, usando o pincel madou e apontando para a cabeça de Kouga. Os símbolos lá escondidos começaram a brilhar, criando um tipo de jaula.

    — Kouga Saejima, você é mais idiota do que eu pensava. Cair nessa armadilha… nem parece o tão famoso Garo! — Sigma disse, sorrindo.

Kouga ficou quieto, olhando para o monge, a espada ainda em mãos.

    — O que foi? Pensando sobre nossas conversas na mansão de Sheloh? Conseguiu conversar com meu irmão, por falar nisso? — Sigma viu a reação do cavaleiro dourado, sorrindo mais ainda. — Pelo visto sim. Ele deu todos os detalhes? Leo gostava tanto quando era espancado, deve gostar ainda mais com você.

Kouga rosnou baixo, mantendo o controle, sem deixar que Sigma o desconcentrasse.

    — Eu até entendo bem a fascinação dele por você, sabia? Aqueles momentos que passamos juntos foram realmente especiais. Cada um deles. Seu pai que o diga, não é? — Sigma falava para tirar o cavaleiro do sério, andando ao redor de onde ele estava.

    — Você acha que vencerá dessa forma, Sigma? Mesmo? Eu não vim aqui participar de seus jogos. — O cavaleiro respondera, sem alterar a expressão em seu rosto.

    — Ah sim, você veio aqui para destruir um possível portal horror. Muito simples de imitar isso, sabia? Para quem tem o conhecimento e a capacidade, é claro. — O monge sorria ainda mais. — Fora fácil atraí-lo para essa armadilha, mas fiquei decepcionado com a facilidade que você caiu nela.

    — Onde está a Pena de Ganon? — Kouga perguntara, sem se dar ao trabalho de prestar atenção na provocação.

    — A Pena de Ganon. Sendo que não sairá vivo daqui, não vejo problema em mostrá-la. — Ele disse tirando a pena de ferro do casaco e mostrando para o cavaleiro. — Ela é realmente muito boa, não acha?

Kouga balançou a cabeça, tirando a espada da bainha e vendo a cara de espanto do Sigma. Já chega de esperar. Ele fechou o punho, acertando o chão. Fora então que o monge percebera o erro que cometera.

O chão abaixo de Kouga cedeu, fazendo o cavaleiro cair e desaparecer. Fora da barreira mística que o prendia. Sigma puxou o pincel a tempo de deter um ataque, sendo jogado para trás. Estava na hora dele ver o porquê ele era o Garo.

    — Me entregue a pena e se renda, Sigma. — Kouga avisara para o monge o vendo apenas rir e continuar a atacar.

Não havia trégua ou descanso, Kouga se defendia sem parar. Sigma não entendia como ele não conseguia derrotá-lo, já havia feito isso antes. O ruivo estava ainda mais forte e mais rápido. Ainda mais impiedoso.

Ele atacava usando magia e a espada, sendo bloqueado com facilidade. A força que escapava do corpo de Garo era palpável, parecia queimar até o ar ao redor dele. Sigma era empurrado contra a parede.

Kouga continuou tentando fazer com que Sigma parasse, tentou evitar o que deveria ter feito antes, mas o monge não parecia ouvir nada. Elevando a espada e fazendo sua armadura aparecer, Garo bloqueou um ataque e jogou o moreno para trás, ele perdendo o equilíbrio e caindo por sobre uma estaca de pedra. O ruivo parou e viu o corpo do ex-companheiro de treinamento e irmão do Leo ser atravessado, ficando inerte depois de alguns segundos.

    — Kouga. — Zaruba falara. — Você fez o que é certo, Sigma não tinha mais nenhum tipo de salvação.

Kouga sabia que era verdade, sabia que não havia outra forma. Ainda assim, havia também o sentimento de ter derramado o sangue do irmão de Leo. E sabia bem que o seu monge sofreria aquela morte, apesar de tudo.

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Rei ficou olhando pro Leo, vendo o monge andando de um lado para o outro. Os dois haviam retornado de uma ronda pela cidade e acharam que iam encontrar Kouga e Tsubasa para o almoço, o que não aconteceu. Isso já tinha algumas horas e ainda nenhum sinal dos dois cavaleiros.

    — Leo, fica calmo. Você vai furar o chão assim. — Rei pegou outro pedaço de pudim. — Eles estão bem.

    — Eu sei, mas não consigo tirar essa sensação de que algo está acontecendo Rei. — Leo respondeu.

Rei foi falar, ouvindo o barulho da porta e vendo Kouga entrar. Ele já ia fazer uma gracinha quando viu a expressão do rosto do Garo, ficando quieto.

Kouga olhou para os dois, respirando fundo e indo até Leo, vendo o monge se abraçar.

    — Leo, Sigma me atacou hoje. — o ruivo viu Rei se levantar e se aproximar. — Estou bem, não aconteceu nada. Comigo.

Leo puxou a respiração. Era isso então, seu irmão estava morto.

    — E Sigma? — Rei viu a expressão do Kouga. — Ah.

    — Eu sinto muito, Leo. Não queria que fosse assim. — Kouga falou sincero, realmente não queria que tivesse sido assim, que fosse o causador da morte de Sigma.

    — Eu sei disso, Kouga-sama e no fundo estou bem aliviado. E feliz que está bem, que nada lhe aconteceu. — o monge sorriu.

Kouga segurou o rosto do moreno, fazendo um sim com a cabeça. Ouviu Rei respirar aliviado e voltar para o seu pudim.

    — Quantos desse você já comeu hoje? — perguntou.

    — Ah, acho que três. Gonza fez de vários sabores, muito bom. — o moreno disse, lambendo a colher.

Kouga levantou a sobrancelha, cruzando os braços para o cavaleiro moreno. Rei ficou olhando para o noivo, piscando. A maior cara de inocente existente.

    — Já almoçaram? — Kouga decidiu mudar de assunto, antes que fizesse uma bobagem.

    — Já. Estávamos esperando por vocês, mas não sabíamos se iam chegar ou não. — Rei colocou a colher no prato.

    — Iam? — O ruivo virou para o Rei sem entender.

    — Você e Tsubasa, ele também não está. Não estavam juntos? — Rei começou a se preocupar vendo a negativa do ruivo. — Ele saiu bem cedo, nem eu nem Leo o vimos hoje.

Kouga suspirou, indo em direção à cozinha e encontrando Gonza nela. O mordomo estava arrumando o que ia fazer para o jantar, lógico que fazendo algum doce para o Rei.

    — Gonza, você viu Tsubasa hoje?

    — Só hoje cedo, logo depois do Kouga-sama sair. Disse que ia treinar. Teimoso demais, nem quis comer nada como desjejum. — Gonza suspirou.

Kouga balançou a cabeça, olhando o relógio. Seria possível que treinava até agora? Vindo de Tsubasa era bem capaz. Sem falar mais nada, o ruivo saiu e voltou para a sala, olhando os outros dois cavaleiros ali.

Rei estava conversando com Leo, falando logicamente de Tsubasa e onde possivelmente ele estaria, deixando que Kouga pensasse um pouco. O cavaleiro dourado sorriu, tendo uma ideia, uma daquelas que Rei adorava.

    — Vou sair e volto daqui a pouco. Comportem-se. — Garo pegou as chaves de seu carro e saiu.

Leo e Rei ficaram olhando para o cavaleiro sair, sem entender nada.

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Tsubasa entrou na casa, o sol ainda brilhando lá fora, apesar de faltar pouco para ele se pôr. Ouviu as vozes de Rei e Leo na sala, indo direto para o quarto. Tirou o casaco que usava, sentando na cama.
Kouga entrou com umas sacolas, indo até a sala e sorrindo, puxando os dois cavaleiros pela mão e os levando para o quarto. Rei e Leo eram puxados, achando aquilo tudo muito estranho. Entraram logo atrás do noivo, vendo Tsubasa sentado na cama.

    — Olha só quem resolveu aparecer, nossa Miss Piggy linda. — Rei brincou.

    — Rei-san, pare com isso. Tsubasa-san está tudo bem? — Leo perguntou.

    — Está, está sim. — Tsubasa olhou para o ruivo e para os outros dois morenos. — Aconteceu algo?

    — Só nosso cavaleiro dourado que cuidou do Sigma. — Rei respondeu, sentando ao lado de Tsubasa.

    — Que bom. — Dan disse, ficando quieto depois.

Leo suspirou, sentando do outro lado, virando para o Kouga e esperando ele falar o que queria.

    — Bom, estava eu lembrando que quando tive de ir até a Terra Prometida vocês ficaram aqui, participaram de um determinado torneio, lutando entre si. Não é?

    — Sim, Rei-san ganhou de Tsubasa-san. — Leo viu o sorriso de Rei.

    — Isso sempre me pareceu tão injusto, sabe. Não ter podido ver vocês competirem entre si e ainda acontecer esse tal acordo que nos levou até aqui, hoje. — O ruivo disse, divertido. — Por isso eu tenho uma proposta.

    — Uma proposta? — os três falaram juntos.

    — Sim, uma proposta. O dia ainda não terminou e eu quero que vocês façam uma pequena competição, quase como um treino, lá no jardim. O primeiro que conseguir jogar os outros dois fora do círculo que eu desenharei, ganha. — Kouga sentara na frente dele, cruzando as pernas.

    — Isso me parece bem simples. Alias, simples demais. Fácil demais. — Rei falara, com os outros concordando.

    — Ah, mas vocês terão que usar isso. — Ele mostrou a sacola. — O tempo todo.

Rei olhou para os outros, pegando a sacola na mão. Ouviu Leo engasgar e Tsubasa até soltar uma exclamação. Até ele não acreditava no que estava vendo dentro da sacola: três plugs anais, não muito grandes, bem anatômicos. Eles tinham um anel peniano na outra ponta. O choque não era o fato de aquilo existir e sim na proposta feito pelo Kouga.

    — Você quer que a gente lute usando… isso?? — Rei pegou um na mão.

    — Sim. — Kouga respondeu com um sorriso no rosto, tarado.

Os três ficaram se olhando, olhando para os brinquedos, depois para o Kouga, novamente para os brinquedos, para eles. Aquilo ia ser impossível, cada vez que fossem se mexer ou dar qualquer tipo de golpe, o plug pressionaria nos pontos mais sensíveis dentro deles. E o anel impediria qualquer tipo de forma de alívio. Era quase como uma tortura.Prazerosa, mas uma tortura. Com certeza bem prazerosa.

Kouga levantou, pegando a sacola na mão e tirando o tubo de lubrificante, olhando para os três morenos de forma sugestiva. Era o típico olhar que o ruivo dava para os noivos quando queria algo e não mudaria de ideia, de jeito nenhum.

    — Isso, ah… isso vai doer. — Rei falara já bem tentado a fazer o que o outro queria.

    — Eu sei. — Kouga falou baixo no ouvido dele. — Mas não muito e no final, valerá a pena. Eu garanto.

Rei sentiu os pelos da nuca se arrepiarem, gemendo baixo. Kouga sorriu, se afastando sentando:

    — Abaixem as calças e venham aqui. — Garo falara.

Os três se olharam, suspirando. Rei fora o primeiro a obedecer, indo até o ruivo, sendo virado por ele. Ele sentira o dedo com lubrificante em seu canal, deixando o local preparado para receber o brinquedo sexual. Gemendo meio rouco, Rei sentiu o plug ser encaixado. Deuses aquilo era ainda pior do que imaginava, mal conseguia respirar sem sentir toda a estimulação do objeto em sua próstata. Kouga prendera o anel peniano na base do sexo do Rei, subindo a calça dele depois.

    — Próximo. — Dissera já chamando o Leo.

O monge fizera o mesmo, o rosto avermelhado e mordendo os lábios para evitar um pequeno grito sair de sua garganta. Kouga sempre dissera que ele era o mais sensível para essas coisas, sendo estimulado ao limite. Seria interessante ver o resultado daquilo. Dera um pequeno sorriso quando o viu caminhar e gemer baixo.

    — Tsubasa. — Kouga chamou último, vendo ele se aproximar devagar.

Ele ouviu o longo gemido que o moreno deu, deixando o plug bem preso e depois arrumando as calças de Dan. A expressão dele a cada passo que dava era como se fosse perder a consciência a qualquer momento: os lábios tremendos, a pele ficando levemente rosada. Era realmente lindo.

Saindo da cadeira, ele chamou os três com o dedo, indo até o jardim e arrumando o que queria, deixando o círculo marcado e vendo Gonza aparecer ali para ver o que estava acontecendo.

    — Então o primeiro que jogar os outros dois para fora do círculo, ganha. Podem começar. — Sentando na mesinha que tinha ali, o ruivo usou a expressão mais nula que podia.

Aquilo era o inferno e era ótimo. Rei não poderia imaginar que tal estimulação era possível e que tanto prazer fosse desumano. Ele mal conseguia mover o corpo, era como se pequenos choques lhe percorressem a espinha, a pressão em seu baixo-ventre ia crescendo cada vez mais, apertando o anel em seu pênis, fazendo com que doesse também ainda mais.

Leo não conseguia respirar direito, tentando dar um golpe e gemendo no meio do caminho, as pernas moles já, querendo gritar, uivar, qualquer coisa. Sentia o corpo inteiro formigar, pegar fogo, sentia que explodiria e não tinha como, o anel o impedindo de se aliviar enquanto o plug o estimulava cada vez mais.

    — Mais afinco nessa luta, vocês são o que? Cavaleiros makai não lutam desse jeito. — Kouga viu Tsubasa errar o golpe mais simples existente.

Dan tinha o rosto meio contorcido, meio afogueado, suado. Ele queria tanto, apenas por um momento. Deuses aquilo era muito bom, tocava em partes que nem imaginava que poderia existir, o excitava ao limite e ao mesmo tempo, não o libertava.

Gonza ficou olhando para eles, achando aquilo estranho. Que tipo de treino era aquele? Até ele era melhor que os três ali. E as caras que eles faziam. A forma como eles andavam meio travados, meio....

O mordomo arregalou os olhos, virando para o Kouga e vendo a expressão do ruivo olhando para os três. Sem sombra de dúvidas aquele não era a que o cavaleiro usava quando treinava. Ele olhava para os três morenos com fogo, com… lascividade, luxuria.

Pedindo licença, Gonza deixou os quatro sozinhos. Já tinha passado demais da idade para saber certas atividades do seu jovem mestre, mesmo que era impossível não as escutá-las pela casa. Uma coisa era ouvir, outra era os ver realizando.

Kouga não tirava os olhos dos três, era uma visão meio hipnótica, meio pecaminosa, totalmente erótica. Cada gemido que eles tentavam disfarçar, cada golpe que eles tentavam realizar. O rosto suado de Tsubasa, a boca trêmula de Leo, a pele arrepiada de Rei. Aquilo era o que ele chamava de afrodisíaco. Não era necessária nenhuma outra droga para que Kouga se excitasse.

    — Eu ainda quero ver alguém sair vencedor. Talvez se eu colocar que só vou comer vocês três quando isso acontecer verei mais empenho nessa luta? — disse vendo a cara dos três.

Rei já sentia até os olhos rolarem, mordendo os lábios. Tinha que ser desse jeito com Kouga, sempre. Por que ele simplesmente não levantava e os comia logo de uma vez? Olhou para o Leo e o Tsubasa, respirando fundo. Fora necessário muito esforço e concentração, mas o Zero conseguiu jogar os dois morenos para fora do círculo, caindo de joelhos depois.

    — Ah, sabia. Muito bem, minha Gisele. Vous êtes le gagnant et va gagner votre prix maintenant. (Você é o vencedor, e ganhará seu prêmio agora) — Kouga se aproximou deles. — O que preferem: aqui ou no quarto? Duvido que Gonza vá aparecer tão cedo.

Rei levantou o corpo, esfregando o rosto contra a virilha de Kouga, sentindo a ereção dele por baixo da calça. Tudo no Zero latejava, ardia. Pouco se importava se era ali, no quarto, no meio do Senado, na frente de qualquer horror. O que importava era que Kouga o comesse, com força, com gosto. Ele puxou o zíper da calça do noivo, lambendo todo o sexo duro dele, arrancando um gemido longo do ruivo.

    — Kouga, Kouga… por favor. Eu preciso que você me coma, preciso que você me foda agora, bem gostoso. Eu quero gozar com você bem fundo dentro de mim. Aqui, na rua, onde você quiser, contanto que seja agora!  — Rei implorava, arfando e esfregando o rosto por toda a ereção na sua frente.

    — Eu vou fazer isso, minha Gisele. Agora. Vou te comer e te fazer gozar, como eu gosto de ver. — Kouga se ajoelhou, puxando o Rei para um beijo longo.

Ele retirou a calça do moreno, vendo o sexo inchado e pingando, lambendo a pontinha, sugando só a glande, ouvindo o grito rouco que ele soltou. Tirando com cuidado o plug, mas sem retirar o anel do lugar, Kouga colocou as pernas do moreno no seu ombro, entrando todo de uma vez no canal mais do que lubrificado, começando a estocar, bem devagar.

    — Leo, por que não ajuda Tsubasa com a calça e depois quero os dois aqui. — Kouga falou, sem parar de estocar o Rei, o vendo deslizar pela grama.

Leo foi devagar até Dan, fazendo exatamente o que lhe foi pedido: tirando a própria calça e a do moreno, o ajudando a ir até Kouga, sendo beijado pelo ruivo e quase jogado por cima do Rei.

    — Leo, comece a chupar. — Ele disse mostrando a ereção do Zero, vendo o monge fazer exatamente isso, arrancando um grito longo do moreno.

Rei gemia, rebolando no chão, puxando os pedaços de grama e terra com os dedos. Deuses aquilo era absurdamente bom. Os lábios de Leo sobre seu sexo duro, Kouga dentro dele, arremetendo com força.

    — Agora, my lady, eu quero que dê toda a atenção que Tsubasa merece. — Kouga afastou Leo do Rei, vendo o moreno engatinhar até Dan, o beijando.

Kouga sorriu, tirando o anel de onde estava vendo a carne dura pulsar, estocando no ângulo certo uma vez e o fazendo gozar, vendo Rei literalmente desabar exausto. Saindo de dentro de seu corpo, ele se inclinou dando um beijo longo beijo na boca entreaberta do moreno, virando sua atenção para os outros dois cavaleiros que se beijavam e gemiam.

    — Agora vocês dois, hum… quem eu pego primeiro? — Garo falou já puxando Leo pelos pés e o deixando de quatro. — Assim, que tal?

Leo sentiu Kouga tirar o plug e também o anel, apoiando o corpo quando ele entrou em seu canal, as mãos do cavaleiro dourado deslizando por sua bunda enquanto ele estocava, forçando o monge a ir para frente e voltar, rebolando devagar.

Leo estava tão no limite que não foi necessário muito tempo para jogá-lo contra o abismo, Kouga o segurando para não se machucar, deixando que ele deitasse contra a grama, o corpo ainda tremendo pelo gozo, os olhos meio fechados.

Dando um beijo carinhoso na base de sua espinha, Kouga voltou-se para Tsubasa, engatinhando até ele e o colocando em seu colo, as costas em seu peito, os dois meio ajoelhados no chão. Igual com Leo, ele retirou todo o brinquedo, segurando o rosto do cavaleiro de Dan e o beijando enquanto o invadia, movendo o quadril dele.

Tsubasa usava as coxas para ter impulso, rebolando de encontro ao quadril de Kouga. Ele soltou um grito fino quando sentiu as mãos do noivo em seu sexo, sem conseguir se controlar. O ruivo continuou a beijá-lo, a estocá-lo, sentindo o líquido quente escorrer por entre seus dedos. Tsubasa fechou o canal por sobre a ereção de Kouga, o fazendo jogar a cabeça, gozando fundo dentro do moreno.

Ele sentiu o corpo de Dan deslizar, vendo o noivo todo mole, segurando ele entre os braços. Era quase como se ele tivesse desmaiado, ficando todo solto nas mãos de Kouga, que se deitou ao seu lado.

    — Né, Kouga-kun… — A voz de Rei foi escutada, ainda bem grogue.

    — Hum.... — Kouga respondeu sem querer sair do próprio mundo em que estava.

    — Como é que você vai levar a gente pro quarto agora? — Kouga abriu os olhos, virando o rosto para o Zero. — Eu te garanto que não me movo nem daqui uns cinco dias.

Kouga começou a rir baixo, balançando a cabeça. Aquele era um problema bem grande. Como arrastar os três até o quarto?

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Enquanto isso, no quarto de Kouga os objetos dos cavaleiros conversavam entre si, falando exatamente deles. Ou não exatamente.

    — Você precisa conversar com Kouga sobre isso, Goruba. E fazer isso rápido. — Zaruba falara.

    — Concordo com Zaruba. — A voz de Shiruba rrespondeu.

    — Lógico que você concorda com ele, Shiruba. O amor nos faz concordar com tudo.  — Eruba parecia se divertir.

    — Hunf, ninguém tem culpa que Goruba a enrola, Eruba. — Shiruba falou.

    — Ninguém enrola aqui, somos mais velhos, mais sábios. Não temos essa pressa toda que vocês jovens têm. — Eruba riu mais ainda.

    — O que não muda o fato que Kouga deve ficar a par desse assunto. — Zaruba falou, querendo era mudar o rumo daquela conversa.

Desde o feitiço que unira as emoções e os pensamentos dos quatro cavaleiros entre si, havia um elo muito grande entre eles também, seus objetos.

    — Eu sei, Zaruba, mas prometi que não falaria nada e não posso fazer isso sem a ordem de Tsubasa. Como uma ferramenta mágica, eu devo esperar que meu cavaleiro permita que fale algo. — Goruba respondeu.

    — Você precisa conseguir conversar com ele e depois com Kouga. Vou conversar com Leo, ver se conseguimos fazer uma nova troca. Assim Zaruba fica com Tsubasa e larga um pouco a Shiruba. — Eruba se divertia.

    — Hei! — Shiruba exclamou, brava.

    — Estaremos juntos nessa, filhote. Goruba estará longe. — O anel fez uma expressão de tristeza, tipo “coitada de mim”.

    — Minha vontade de te responder, Eruba.... — Shiruba ouviu a gargalhada da Eruba.

    — Bom então você fala com Leo e eu converso com Kouga. Assim ele já sabe o que fazer quando isso for realizado. — Zaruba ficou quieto.

    — E vocês vão aproveitando o tempo, né? — Eruba viu Zaruba e Shiruba reclamando, enquanto ela e Goruba se divertiam.

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Rei encolheu o ombro, achando que ia dormir no gramado mesmo. Ele estava meio grogue quando sentiu que foi retirado do chão, sua visão sendo preenchida pelo casaco branco do Kouga. Como ele sempre acabava carregado assim? Jogado nos ombros do ruivo, de bunda pra cima. De bunda pelada pra cima, ainda por cima.

    — Você curte me jogar que nem um saco de batatas, né? — Rei perguntara.

    — É que você é pesado feito um. — Kouga levou o moreno até o quarto, o deixando no banheiro. — Banho. Agora.

Rei nem pode reclamar, vendo o noivo já sair. Conformado, ele tirou a blusa que usava, ligando o chuveiro e ficando debaixo da água. Se não tivesse com tanta fome, pularia o jantar, mas seu estômago roncando indicava que isso não era uma opção. Será que rolava comer na cama mesmo?

Ele ouviu Kouga voltar, vendo um meio arrasado Leo sendo deixado ali. Rei deu uma risada, ajudando o monge a se despir totalmente, o trazendo para debaixo do jato quente. Leo se aninhou entre os braços do Zero, deixando o cabelo molhado cobrir seu rosto.

Kouga chegou ao jardim, pegando todos os brinquedos que eles usaram, guardando na sacola. Sempre era bom para um dia entediante, sem nada o que fazer. Ele foi até Tsubasa que não se mexeu do lugar, pegando o moreno no colo e as calças deles que estavam jogadas pelo chão. O resto Gonza poderia arrumar.

Chegando de volta ao banheiro, ele olhou para os dois cavaleiros que já terminavam de se banhar, balançando a cabeça para eles brincando na água. Deixou as coisas no quarto, tirando a própria roupa e despindo o resto que Tsubasa vestia.

    — Kouga-kun, o jantar podia ser aqui em cima hoje, né? — Rei usou seu melhor olhar de inocência.

    — Aqui em cima, hum? — Kouga entrou no chuveiro com Dan, deixando a água lavar todo o corpo menor primeiro. — E por que seria assim?

    — Porque nenhum de nós consegue andar ainda? Digo; nenhum de nós mortais, oh grande deus Garo. — Rei sorriu.

    — Vou pensar no seu caso, humilde servo Zero. — Kouga piscou, dando um selinho no Zero e um tapa em sua bunda. — Agora vão terminar de se arrumar.

Rei saiu meio se arrastando, reclamando do fato de qual a parte de não conseguir se mover ele não havia entendido e ajudando o Leo. Quando Kouga saiu do banheiro, os dois já estavam deitados, usando uma calça leve, meio solta no corpo.

Rei apontou para a roupa que separara para os dois, no mesmo estilo que a deles. Kouga colocou a calça, deixando a de Tsubasa próximo a ele.

    — Vou falar com Gonza sobre o jantar. — O ruivo disse já saindo.

Rei ficou olhando o Tsubasa nem se mover, meio encostado na cama. Leo suspirou, indo até o Dan e o vestindo. Ficaram daquela forma até Kouga retornar, olhando para os três.

    — Gonza trará a comida aqui. Já está subindo. — Kouga se sentou na sua poltrona.

Gonza escolheu bem aquele momento para entrar com a comida, deixando a bandeja ali e saindo. Ele ainda traria o resto e a sobremesa.

Kouga verificou o que Gonza fizera, gostando do jantar tradicional japonês. Ele começou a se servir, chamando os outros. Rei se arrastou até lá, roubando um pedaço do peixe grelhado que o ruivo tinha no hashi. Leo se aproveitou dos temakis que tanto adorava. Gonza entrou com o resto e com a sobremesa que fizera especialmente para o Rei.

    — Tsubasa, venha antes que Rei coma tudo que tem. — Kouga viu o sorriso de “como mesmo” do Zero, olhando para a cama.

    — Não tenho fome. — Tsubasa continuou deitado, virando para o outro lado,  quieto.
Leo e Rei se olharam e depois para o Kouga, voltando a comer. Eles ouviram o suspiro que o cavaleiro dourado dera, começando a levantar da cadeira. O ruivo foi até a cama para discutir com Dan, vendo que ele já havia adormecido.

    — Vai ver ele comeu algo na rua. Tanto tempo que passou fora, não é? — Rei falou com Leo concordando.

    — É, vai ver. Bom, quando ele acordar come algo. Gonza sempre tem uma sopa de emergência pronta. — Kouga voltou para o seu lugar.

    — Ótimo, então uma música agora. — Rei pegou o celular para procurar algo, encontrando uma das favoritas de Leo. — Essa você gosta, Leozinho. E já sabe cantar e tudo mais.

Leo até ficou roxo com a forma que Rei falou seu nome, apenas concordando quando a música começou a tocar. Rei cantou baixo, fazendo o monge o acompanhar. Kouga sorrindo para os dois, voltou à atenção para Tsubasa enquanto ouvia a letra.

You with the sad eyes
Don't be discouraged
Oh I realize
It's hard to take courage
In a world full of people
You can lose sight of it all
And the darkness inside you
Can make you feel so small

But I see your true colors
Shining through
I see your true colors
And that's why I love you
So don't be afraid to let them show
Your true colors
True colors are beautiful,
Like a rainbow

Tsubasa dormia pesado, encolhido na cama, o cabelo cobrindo seu rosto. Até parecia frágil, quase infantil dessa forma. Rei viu o olhar do Kouga, prestando atenção também no Dan.

    — Essa música combina com ele. — Rei falou.

— Sim, combina. — Kouga colocou o hashi sobre o prato vazio.

— O que ela fala? — Leo perguntou e Rei a traduziu para o monge.

    — Então combina com vocês dois, Kouga-sama. — Leo se sentiu bem satisfeito, vendo Rei pegar a torta de chocolate.

    — Hum? — Kouga só olhou para o que Rei fazia.

Rei pegou dois pedaços e ao ver a cara do Kouga, desistiu do terceiro. Aquela torta era divina, não entendia porque sempre deixava o ruivo tão irritado quando comia doces.

    — Se prestar atenção, ela é bem para vocês dois. Eu acho. — Leo roubou um pedaço da torta do Rei, o vendo fazer cara de bravo e rindo.

Show me a smile then,
Don't be unhappy, can't remember
When I last saw you laughing
If this world makes you crazy
And you've taken all you can bear
You call me up
Because you know I'll be there

And I see your true colors
Shining through
I see your true colors
And that's why I love you
So don't be afraid to let them show
Your true colors
True colors are beautiful,
Like a rainbow

Kouga ficou olhando para o Zero comer doce, aquilo não sendo algo muito bom de fazer naquele momento, desviando o olhar até. Melhor se controlar. Ele levantou e foi até a cama, sentando próximo ao Tsubasa e passando a mão pelo cabelo escuro dele, o vendo suspirar no meio do sono.

A voz de Leo continuou cantando, como se quisesse embalar o cavaleiro moreno que dormia. Kouga fechou os olhos, aproveitando daquele momento tão calmo, tão bom. Tão raro. E conhecendo seus noivos, que não duraria para sempre.

I can't remember
When I last saw you laughing
If this world makes you crazy
And you've taken all you can bear
You call me up
Because you know I'll be there

And I see your true colors
Shining through
I see your true colors
And that's why I love you
So don't be afraid to let them show
Your true colors, true colors
True colors are shining through

I see your true colors
And that's why I love you
So don't be afraid to let them show
Your true colors
True colors are beautiful,
Like a rainbow

E era desse jeito que Kouga gostava de viver: uma surpresa nova a cada dia.

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Nota das autoras: Essa lemon surtada nasceu exclusivamente para agraciar os fetiches meus e da Suryia.




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