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O dia começou ruim e tinha a tendência de piorar. Era essa a sensação que Rei tinha.  Eles acabaram indo dormir logo após Gonza retirar o que sobrara do jantar. Logo que acordou, Zero teve a certeza que era melhor voltar a dormir e pular aquele dia. Todos ainda estavam deitados, todos menos Tsubasa.

Dan já havia levantado e como seu lado da cama estava bem frio, ele já tinha feito isso há muito tempo. Kouga acordou e fechou o semblante ao perceber isso, já irritado. Quando desceram e descobriram que ele havia saído novamente sem comer nada, o humor do ruivo era o pior existente, fazendo até Leo ficar a uma distância segura.

Durante o café, chegaram novas ordens para Kouga, avisando que ele deveria ir imediatamente ao Senado. Os outros estavam dispensados de seus deveres diários, mas Kouga deveria estar no Senado antes das 09:00 horas.


    — Quero encontrar vocês dois aqui quando retornar. Os dois. Entenderam? — Garo saiu, sem esperar resposta.

    — Senhor, sim senhor! — Rei respondeu, sarcástico.

    — Rei-san, Kouga-sama não está com humor para ser provocado. — Leo advertiu.

    — Tudo graças ao Tsubasa. O que será que ele tem, hein? Que será que ele está aprontando? — Rei perguntou.

    — Ah, também gostaria de saber. Tsubasa-san está muito distante, não é? Desde que ele soubera sobre Sigma e eu. — Leo mordeu os lábios. — Talvez seja por isso que ele não queira mais ficar aqui. Ou perto de mim.

    — Para de bobagem, Leo. Se for esse motivo, eu mesmo espanco Tsubasa. Não acredito que ele seja tão mimado e tão idiota. — Rei respondeu, batendo os dedos na mesa. — O que me faz pensar, quando o nosso casamento sair, se sair logicamente, você já pensou no seu anel?

    — Anel? — Leo perguntou sem entender.

    — Sim, anel. É a tradição, não é? A noiva/esposa usar o anel com o nome do marido. — Zero explicou, colocando o rosto na mão. — Nosso príncipe é bem tradicional, deve ter pensado em um anel para cada, mas estava aqui pensando no fato que nós não somos bem tradicionais não é? Nem comuns.

    — Sim? — Leo perguntou meio hesitante, sempre que Rei pensava todos eles pagavam com algum tipo de punição do Kouga.

    — Que tal assim: além do anel ter uma tatuagem do nome do Kouga ao redor do dedo.

    — Tatuagem? Como assim? — Leo se inclinou já mais interessado.

    — Bem aqui, o nome dele dando uma volta, como se realmente fosse um anel. Grande o suficiente para quem chegasse perto pudesse ler a quem nós pertencemos. — Rei sorriu, pensando na cara do Kouga vendo aquilo.

    — Acho que dessa vez suas ideias não nos colocarão em um problema grande. — Leo vira a cara brava do Zero, tossindo e continuando. — Mas precisamos falar com Tsubasa sobre isso.

    — E é o que vamos fazer. Kouga deve demorar um tempo lá no Senado, então vamos aproveitar e ir atrás da nossa Miss Piggy. — Rei já levantava, puxando o Leo para a porta.

    —Mas, Rei-san. Kouga-sama disse para a gente não sair! Se ele retornar e não nos encontrar... — Rei interrompeu o monge.

    — Vamos e voltamos rápido, ninguém vai notar sequer que a gente saiu. — puxando o monge para fora de casa.

Gonza ficara olhando para os dois, balançando a cabeça. Algo lhe dizia que aquilo não iria dar certo e com o humor que Kouga-sama já estava.

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Tsubasa continuava a treinar, já estava dessa forma há mais de 5 horas. Levantara antes de o sol raiar e desde então estava daquela forma, treinando. Ele sentiu a aproximação de alguém, bufando meio impaciente quando descobriu quem eram os seus visitantes.

    — Eu não disse que o encontrava, Leozinho? — Rei disse sorrindo.

    — Tsubasa-san, estávamos preocupados. — Leo sorriu, se aproximando.

    — Não precisam, estava apenas treinando. — Dan colocou o Bo dentro do casaco, pegando a garrafa com água e bebendo.

    — Que bom, porque agora temos um assunto para tratar. — Rei já foi puxando Tsubasa, levando ele para fora da floresta. — Vamos até aquela doceria nova para conversar.

    — Assunto? Conversar? Ah, não. Suas ideias sempre acabam com alguma parte minha doendo por vários dias. — Tsubasa falara, tentando se soltar.

    — E você adorando cada minuto, né? Nem precisa me agradecer. — Rei foi arrastando Tsubasa, nem ligando para ele protestando no caminho.

Leo seguiu os dois, balançando a cabeça. Quando finalmente chegaram à doceria, Rei já havia explicado quase tudo sobre o plano da tattoo. Sentando e pedindo três doces diferentes, Rei olhara para Tsubasa esperando a resposta dele.

    — Eu não estou com fome. — Dan dissera, vendo os doces chegar. — E por mim, tudo bem.

    — Como assim não está com fome? Olha essa delicia ta só te esperando. — Rei dissera, vendo o parfait de creme de limão, sabendo que era o favorito de Tsubasa.

    — Não tenho fome. — Tsubasa ficara sentado, vendo os outros passarem.

Leo começou a comer a mousse de chocolate, lambendo a colher devagar, vendo Rei franzir a testa. Sabia que era o doce favorito de Tsubasa, todos sabiam que ele era louco por doces de limão e doces de feijão, mas nunca comia o último. Nunca.

    — Tsubasa-san, nem um pedaço? Para experimentar. — Leo falara, tentando fazer com que o moreno comesse e vendo a negativa dele.

Rei deixou aquilo de lado, ele mesmo comendo os doces. Já que o outro não queria não seria ele que desperdiçaria doce à toa.

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Kouga estava aguardando pela Grace-sama, o cavaleiro estava parado e olhando para a parede. Seu humor não melhorara em nada desde que saíra de sua residência. Ele ouviu a guardiã se aproximar, se ajoelhando.

    — Kouga, o Senado analisou e julgou seu pedido para a união com os cavaleiros Rei, Tsubasa e Leo. Conforme a decisão, você tem a permissão do Senado para realizar essa união, da forma que achar melhor. — Grace disse, entregando para o cavaleiro a permissão por escrito.

Kouga sorriu, pelo menos era uma notícia boa. Agora era seguir com o plano, verificar o que tinha já pedido para ser feito e fazer o resto.

    — Obrigado, Grace-sama. — Ele pegou o pergaminho, guardando em seu casaco.

    — Isso é tudo, aproveite o dia com seus noivos. — Sorrindo, ela dispensou o cavaleiro.

Kouga fez uma mesura, saindo do Senado e indo direto para sua casa. Ele entrou na mansão, vendo o lugar em silêncio e achando aquilo muito estranho.

    — Gonza. — Kouga chamou o mordomo, o vendo aparecer. — Onde eles estão? — a pergunta era direta, seca e pela cara do ruivo não teria uma boa recepção.

    — Eles, ah... eles... — Gonza engasgou, pensando no que ia falar.

    — Gonza. — Kouga falou firme, fechando os punhos.

    — Eles saíram. — Não tinha como falar outra coisa, não dava para dizer eles estão no telhado tomando sol, ou caçando na floresta perto da mansão.

Kouga respirou fundo, dispensando o mordomo, indo até a sala e se sentando na poltrona que dava diretamente para a porta. Ele esperaria até a hora que aqueles cavaleiros voltassem. E aí… Bom, aí eles entenderiam uma lição.

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Leo olhou para a hora, reclamando que tinham demorado demais. Rei olhava pra cima com um calado Tsubasa ao lado. Os três entraram em casa juntos e sentindo que realmente aquele não era um dia bom. Kouga levantou os olhos para a porta, o cavaleiro estava sentado na sala, o rosto apoiado na mão e a expressão fechada.

    — Eu disse que não era para vocês saírem. — Rei sentira um frio passar por sua espinha, gelando até sua alma. Era agora que ele não andaria por um mês. — Leo, vá para o quarto e fique de joelhos, com a cabeça abaixada até a hora em que eu mandar que saia.

Leo nem olhou para o lado, seguindo direto e fazendo o que exatamente Kouga havia mandado. Rei engoliu em seco, vendo o cavaleiro dourado levantar.

    — Tsubasa, para o salão de treino, agora. — Kouga disse, pegando uma corda branca e uma venda.

    — Não. — Rei até olhara para o Tsubasa, vendo se era ele mesmo que estava ali.

    — Não? Você está me desafiando? — Kouga caminhou devagar até os dois.

Tsubasa levantou o rosto, a pura imagem do desafio. Rei não sabia dizer se era pelo jogo que havia entre eles ou simplesmente por ser maluco. Ou os dois.

    — Vamos resolver isso, acho que você precisa ser disciplinado com mais afinco hoje. — Ele foi até o Rei, fazendo ele se ajoelhar, amarrando os braços do moreno e os prendendo em suas pernas, deixando de uma forma que seria impossível ele se mover. Colocando a venda em seus olhos, Kouga passou a mão devagar pelo rosto do Zero.

    — Isso não me parece muito bom. E se algum horror louco surgir aqui e decidir me comer e não do jeito que você quer? — Rei falara.

    — Pelo visto, vai precisar disso aqui também. — Kouga pegou em seu casaco uma mordaça negra, colocando ela na boca do Rei, impedindo que ele falasse. — Finalmente, calado.

Kouga deixou o cavaleiro ali, onde ele estava virando para o Tsubasa e caminhando até ele, vendo o moreno não sair do lugar. Petulante. Ele segurou o braço do moreno com força, o arrastando pelo caminho, o ouvindo reclamar, espernear e tentar se soltar o tempo todo.

Chegando ao lugar onde treinava ele soltou Tsubasa ali, quase o jogando contra o chão, mas se controlando um pouco para não machucá-lo de verdade.

    — Eu vou ensinar Leo primeiro, você irá me aguardar aqui, entendeu? Se não estiver aqui será bem pior do que planejei. — Ele deu a volta, fechando a porta. Sabia que Tsubasa sairia dali.

Quando finalmente chegou ao quarto, Kouga olhou para o monge de joelhos. Era completamente excitante o fato de ele obedecer de forma tão perfeita. Um perfeito escravo para o seu mestre. A convivência com Rei já o tinha afetado de vez, pelo visto. Não havia muita salvação para ele agora, então o melhor era aproveitar daquela loucura e insanidade.

    — Leo, Leo. Meu lindo monge. My lady. Você me ama? — Kouga perguntou.

    — Sim. — Leo dissera, sem levantar a cabeça.

    — É meu escravo e obedece somente o que digo, não é? — Kouga se aproximou devagar.

    — Sim, Kouga-sama. — Leo até sentiu o corpo tremer.

    — Então, por que me desobedeceu? Por que não ficou em casa conforme eu havia falado que era para vocês fazerem? Eu esperava isso de Rei, mas não de você. — Kouga tinha a decepção na voz, andando ao redor do monge.

    — Eu não queria desobedecê-lo, mas estava preocupado com Tsubasa e Rei queria discutir… — Leo parara de falar, lembrando que não podia contar da surpresa.

    — Discutir? O que? — vendo que o moreno não falava, Kouga colocou o pé sobre a base da coluna dele, o forçando para baixo. — Eu quero saber.

    — Eu... eu não posso falar, Kouga-sama. Prometi que não falaria nada. — Leo mordeu os lábios.
    — Tsc tsc tsc. Muita decepção, meu monge. Serei obrigado a te punir. Você quer que eu o puna? — Kouga balançou a cabeça.

    — Eu quero o que desejar fazer, meu mestre. Somente o que você desejar. — Leo dissera de forma tão sincera que Kouga até respirou fundo. Tanta entrega e tanta confiança.

    — Então você gostará dessa punição. Tire a roupa e deite na cama. — Ele sentou em sua poltrona, vendo o monge fazer o que lhe era ordenado.

Leo deitara na cama, esperando a próxima ordem. O olhar de Kouga sobre seu corpo inteiro, sobre seu sexo já o deixava tão excitado, tão quente.

    — Agora quero que você se masturbe, devagar. Abra bem as pernas, quero ver cada pedaço e cada parte do seu sexo enquanto faz isso. — Kouga dissera, vendo o rosto de o monge corar, mas obedecendo. — Segure somente a base, assim. Agora para cima e para baixo, bem lentamente.

Leo fazia dessa forma, os dedos percorrendo a carne dura de seu membro, subindo e descendo, o corpo tremendo aos poucos, querendo aumentar o ritmo, sem poder.  Kouga ia observando a expressão do monge, a forma como ele gemia baixo. Delicioso.

    — Agora eu quero que imagine que sua outra mão sou eu, Leo e quero que coloque seus dedos bem fundos dentro de você, sem parar de se masturbar. Eu quero ver você se comendo, até eu dizer para parar. — Leo sentira até um fogo passar pelas veias, aquilo era…

Ele se inclinou com dificuldade, conseguindo o angulo certo, introduzindo dois dedos em sua entrada, seguindo o mesmo ritmo que tocava em sua ereção. Os pequenos gritos que saiam de sua garganta eram acompanhados de longos gemidos.

Kouga lambeu a boca, devagar. A visão do moreno se masturbando e se comendo com os dedos ao mesmo tempo era de um erotismo incrível. Ele levantou devagar, se aproximando da cama.

    — Pare. Pare o que está fazendo agora. — Kouga dissera, vendo o monge o obedecer. Seu rosto afogueado, a boca trêmula.

Ele não disse nada, puxando o noivo pelo pé até a beira da cama, colocando as longas pernas dele em seus ombros. Kouga soltou sua calça, a deixando cair até o chão. Segurando seu sexo duro e colocando na entrada já estimulada do monge, entrando todo de uma vez, o ouvindo gritar seu nome. Tão doce.

Segurando a ereção dele com uma das mãos e forçando sua cintura com a outra, o cavaleiro dourado começara a estocar. Ele se inclinou um pouco, puxando com mais força contra o corpo de Leo, vendo ele gemer de dor e prazer, falando no ouvido dele:

    — Você nunca mais vai me desobedecer não é? — Kouga tinha a voz rouca pelo desejo.

    — Nunca, nunca mais... ahhh Kouga-sama... por favor... — Leo gemia, sentindo a mão de Kouga prender seu sexo, apertando a base, impedindo o gozo e depois estimulando.

    — Então diga: sim, meu mestre. Eu nunca mais irei desobedecê-lo. Diga e eu deixo você gozar. — Kouga falou baixo, meio rouco.

    — Sim, meu mestre. Eu nunca mais irei desobedecê-lo. — Leo falou, com uma lagrima escorrendo pelo rosto, sentindo as estocadas firmes em sua próstata.

Kouga se afastou um pouco, engolindo todo o sexo duro do moreno, começando a sugar com força. Ele ouviu Leo gritar seu nome, sentindo o jato quente em sua garganta. Engolindo até a última gota, ele o deitou direito na cama, dando um longo beijo em sua boca.

Leo ficou jogado, já meio adormecido, meio acordado. Em completo êxtase.  Kouga se arrumou, fechando a calça e pegando o chicote que o monge havia comprado uma vez. Antes de ir até a sala, foi até a cozinha e pegou algumas pedras de gelo e uma calda quente de chocolate. Agora ele estava preparado para o resto.

Chegando à sala ele se deparou com a imagem de Rei, ainda no mesmo lugar. Principalmente que não havia como ele se soltar e sair dali. Rei virou o rosto na direção do som dos passos, sabendo que era o Kouga.

    — Agora você, minha Gisele. Você tem arrastado Leo em todas as suas traquinagens, em tudo que apronta. Agora o fez até jurar segredo. Hum. Não gosto nada disso, nada, nada disso. Está na hora de aprender algum controle. — Kouga disse se aproximando do Rei.

A forma como ele estava amarrado não deixava que fizesse nada, mas dava todo o acesso necessário para o que Kouga tinha em mente. Ele se abaixou, abrindo o zíper da calça de Zero, o vendo gemer meio estrangulado por causa da mordaça.

Passando a língua pela glande e estimulando um pouco o sexo, Kouga viu Rei tremer inteiro, tentando se soltar. Sem perder tempo, o ruivo colocara uma pedra de gelo na boca, engolindo o sexo duro de Rei, deixando que o gelo a tocasse inteiro. Rei jogara a cabeça para trás, arfando, sem poder nem gritar.

Kouga tirou o gelo da boca, passando pela glande com a mão e a deixando derreter, o líquido entrando pelo buraquinho ali. Ele pegara outra pedra de gelo, passando pela base e subindo. Quando se viu satisfeito que a carne estava bem gelada, o ruivo pegara o pote de calda quente de chocolate, derramando por sobre toda a ereção de Rei.

Rei não conseguia nem pensar, a vontade que ele tinha era de gritar, era de implorar para que Kouga o chupasse, o comesse, para que Kouga fizesse qualquer coisa com ele. Qualquer coisa. Primeiro a sensação de frio, a boca dele junto, aquilo subindo por toda a pele sensível. Agora era quente, muito quente e depois do gelado parecia queimar ainda mais.

Kouga não perdeu tempo, deslizando a boca pelo sexo melado de chocolate, limpando toda a calda do membro duro, o deixando cada vez mais e mais duro e excitado, mas sem dar a pressão necessária para o gozo. Uma forma muito boa para tortura, o ruivo pensava.

Se afastando, ele viu Rei arfar, tremer, o suor escorrendo pelo pescoço dele, deixando seu cabelo negro e longo todo úmido, molhado.

    — Você quer que eu te coma, Gisele? Quer que eu te deixe gozar? — Kouga viu Rei mover a cabeça devagar, afirmando. — Então eu vou soltar seus braços e suas pernas, vou te colocar de quatro aqui no chão e vou fazer isso, com uma condição: não pode tirar a venda ou a mordaça. Entendeu?

Rei fizera um sim com a cabeça. Kouga foi até as cordas e as soltando, vendo que já começavam a marcar e a cortar a pele clara do moreno. Ele o empurrou, o deixando sobre suas mãos e joelhos, abaixando a calça dele o suficiente para o que precisava. Abrindo só o zíper e se ajoelhando atrás, começara a invasão, bem devagar. Sabia que aquilo deixava Zero enlouquecido, mas segurando a cintura dele com as mãos e impedindo que forçasse o que fazia.

Rei gemia, se controlando para não arrancar mordaça e venda, para não começar a pedir para que Kouga o fodesse com força, deixando que o ruivo comandasse aquilo. Ele encostou o rosto em suas mãos, sentindo o corpo balançar.

Kouga segurou o cabelo de Rei o puxando e levantando o rosto dele, começando a estocar mais e mais rápido. Rei tremia, a dor em sua nuca era ainda melhor, aquilo vibrando em seu sexo, o sentindo pulsar e já a se desmanchar.

Acertando o ponto certo mais duas vezes, Kouga deixara que Rei caísse de volta ao chão, saindo de dentro dele. Vendo o Zero literalmente desmontar, o ruivo tirou sua venda e mordaça, limpando onde havia marcado, dando pequenos beijos ali.

Rei sorrira meio languido. Aqueles beijos sempre eram a forma de Kouga dizer que o amava e que não havia nenhum tipo de intenção em machucá-lo. Sempre era o prazer de Rei que o ruivo procurava, sempre.

Ele virou de lado, ficando jogado no chão, todo melado e bem dolorido, mas muito feliz. E satisfeito. Estava tão fora de si que nem percebeu a hora que o noivo saíra da sala. Ainda faltava um.

Kouga fora até o lugar onde deixara Tsubasa, não o encontrando lá, obviamente. Ele seguiu até onde o sentia, vendo o moreno parado próximo a janela do corredor. Pegando o chicote nas mãos, fora até Dan, o segurando pelo braço.

    — Você não aprende não é? Depois não reclame. Está na hora da sua disciplina. — Ele disse já arrastando Tsubasa de volta para o salão.

O moreno tentava se soltar, sendo arrastado e agora sim, jogado contra o chão. Ele ficou caído ali, se arrastando para longe de Kouga. Vendo o chicote na mão do ruivo e depois para o rosto dele, Tsubasa engolira em seco. E continuou a desafiar.

    — Eu não vou fazer nada disso. Não vou! — Disse com o queixo erguido.

    — Tire a roupa. — Kouga falou baixo.

    — Não. — Tsubasa respondeu, rapidamente.

    — Tire. A. Roupa. — O ruivo falou pausadamente, sabendo que o moreno negaria.
    — Não. — Tsubasa encarou o ruivo, a expressão séria.

Kouga pegou o chicote, acertando as pernas de Tsubasa. Era mais psicológico que físico, sem usar força, mas, ainda assim, sabendo que ele seria marcado pelo chicote. Usando novamente, ele repetiu o pedido:

    — Tire a roupa. — Kouga viu Tsubasa tremer.

Tsubasa fizera o que Kouga ordenara, deixando a roupa que usava de lado, tirando inclusive Goruba do pulso. Ele se abraçou, o rosto erguido. Teimosamente resistente. Kouga usou o chicote novamente, acertando uma das nádegas do moreno.

    — Abaixe a cabeça, Tsubasa ou baterei em você com mais força. — Kouga dissera, vendo ele não obedecer, o acertando realmente com um pouco de força a mais. — Abaixe. A. Cabeça.
Tsubasa obedecera, o ruivo se aproximou devagar, dando uma voltinha por ele e o olhando de cima a baixo. Segurou a anca clara com uma mão, batendo ali com certa pressão, deixando a marca dos dedos.
    — Eu vou lhe dar algumas ordens e você irá obedecê-las. Se fizer direito, eu tiro uma peça de roupa. Se fizer errado, você ganhará um tapa ou uma chicotada, entendido? — Kouga viu que ele não respondia, dando outro tapa nele. — Entendido?

    — Sim. — Tsubasa respondera,

    — Muito bem. No chão. — Kouga falara, apontando.

Tsubasa fora se sentar, levando uma chicotada nas pernas, vendo o ruivo fazer um não com a cabeça, ele se ajoelhando e ficando de quatro. Kouga retirara a blusa que vestia.

    — Agora, venha até a minha frente. — Ele usou o chicote quando o moreno tentara levantar, voltando e andando de quatro mesmo até o cavaleiro. Kouga sorriu, tirando a calça e jogando de lado. — Você vai me chupar devagar, Tsubasa, vai seguir o que eu te mandar fazer com a boca. Sem usar os dentes, entendeu?

Tsubasa pegou a ereção com a boca, começando a sugá-la. Ele ouvia cada ordem que Kouga lhe dava, tentando obedecer conforme ele queria. Sentiu a mão pesada do cavaleiro em sua bunda quando sem querer passara o canino pela glande.

    —Ah, assim. Use a língua ali, muito bem. — Kouga segurou a cabeça de Tsubasa, forçando o ritmo dele, puxando os fios negros. — Agora que você já me deixou bem molhado, fique de pé.

Tsubasa levantou, ficando de pé. Ele foi virado e inclinado, com Kouga o segurando pelo quadril e puxando de encontro a sua ereção. Dan soltou um pequeno grito, quase perdendo o equilíbrio. O ruivo o estocava sem piedade, sem cuidado. Sentia o corpo inteiro doer, junto das palmadas que ainda recebia.

Kouga segurava a cintura fina de Tsubasa, forçando que ele ficasse de pé, o comendo assim, sem apoio, sem parar. Ainda assim, sentia o corpo menor tremer, excitado. Virou o rosto dele para si, o beijando, forçando a língua dentro de sua boca. Ouvindo o moreno gritar seu nome.

Tsubasa sentiu a visão sumir, toda a força que tinha desaparecer, o gozo explodindo tão forte que o fizera perder os sentidos por segundos, só não caindo por completo porque Kouga o segurava. O ruivo já no limite também, deixando que o orgasmo e o prazer o levassem, saindo de dentro de Dan com seu sexo ainda pingando, deixando o sêmen escorrer por suas pernas.

Deitando com ele nos braços, Kouga ficara um tempo assim ali no chão. Deixando que tudo voltasse ao normal, até mesmo seu humor.

    — Você precisa de um banho. — Dan fez um sim,  já se levantando. — Tsubasa.

O moreno virou o rosto, se inclinando e dando um pequeno beijo no Kouga, se afastando depois, indo para o banheiro.

Kouga ficou olhando para o moreno sair, balançando a cabeça e olhando a zona que fizera ali. Gonza uma hora ficaria bravo com ele. Foi até a roupa de Tsubasa a pegando, vendo Goruba ali e lembrando que ainda estava com Zaruba na mão, olhando para o anel como se pedisse desculpas.

Se Zaruba pudesse balançar a cabeça ele faria exatamente isso, mas o máximo que podia fazer era o de levantar a sobrancelha.

    — Kouga, eu sei que não foi com essa intenção, mas dessa vez foi meio exagerado o que fez com Tsubasa. – Goruba falara, atraindo a atenção do cavaleiro.

    — Eu não fiz nada além do que ele já pedira para fazer antes, Goruba. — Kouga falou meio irritado.

    — Ele ter pedido algo assim antes não muda o fato que não deveria ter feito isso agora. — Fora a única coisa que o bracelete falara, ficando quieto depois.

    — Você precisa conversar com Goruba sobre isso, será muito importante, Kouga. Arrume um jeito de conversar conosco sem os cavaleiros.  — Kouga olhou pro Zaruba, sem entender nada.

    — Está bem. — disse já saindo e indo ver os outros.

Rei já não estava mais na sala, deviam estar no quarto. Ele foi até lá, entrando e vendo Leo e Zero já de banhos tomados e deitados na cama, praticamente jogados sobre ela.

    — Tsubasa? — Perguntara.

    — No banheiro, tomando banho. Sozinho. Por que ele é chato. — Rei dissera, sendo cutucado por Leo. — Ele é.

    — Deixe Tsubasa-san, Rei-san. — O monge falara, se espreguiçando.

Kouga fora até o banheiro, vendo que porta estava aberta e entrando. Tsubasa já terminava de se enxugar e se arrumar, usando uma camisa longa, quase como se fosse uma camisola. Era raro ver o moreno daquele jeito, sempre usava uma calça leve para dormir.

    — Você está bem? — Kouga disse preocupado com a conversa que tivera com Goruba. E se tivesse realmente o machucado?

    — Estou. — Tsubasa respondera para o ruivo, sorrindo para ele.

    — Hum. — Ele o viu sair, fechando a porta logo depois. Após um banho rápido e indo para o quarto com a toalha em volta da cintura, Kouga olhara para os três noivos, pegando o pergaminho e entregando para eles.

Os três olharam o que estava escrito, com Leo sorrindo e quase dando pulinhos. Rei sorrira também, mas mantendo a pose. Logicamente que ele estava gritando por dentro, mas era necessário manter a pose. Tsubasa inclinou a cabeça, pensativo.

    — E como será essa cerimônia? Tradicional? — ele perguntara.

    — Nada conosco é tão tradicional, mas já estou arrumando as coisas. — Kouga dissera, sentando.

    — Se eu conseguisse andar ou sentar, adoraria ir comemorar agora. — Rei falara meio sonhador.

    — Acho que vocês já comemoraram o suficiente. — Kouga falara sério.

Os três se entreolharam, voltando para o Kouga e sorrindo. Já haviam acertado mesmo o que iam fazer, agora era o momento de continuar com o plano. Kouga ficou olhando para os três, logicamente que aprontando algo, ou planejando isso.

Gonza bateu de leve na porta, entrando logo em seguida e perguntando se eles almoçariam ou na realidade quase jantar.

    — Comeremos aqui, Gonza. — Kouga respondera vendo o mordomo sair.

    — Kouga-sama, eu tenho um pedido para fazer. — Leo dissera com o ruivo virando na sua direção. — Gostaria que vocês fossem comigo até a casa da minha família.

Rei e Kouga olharam para o Leo, achando aquele pedido estranho. O monge suspirou, arrumando a franja com os dedos.

    — Desde que Sigma desaparecera, nunca mais retornei lá. E como ficaremos aqui depois do casamento, preciso resolver o que fazer com a mansão e tudo que era do meu pai e do meu irmão. Eu não gostaria de ir sozinho. — Ele terminou quase em um sussurro, a voz bem baixa.

    — Está bem, podemos ir depois do jantar se preferir. — Kouga olhou para o Rei que concordara, vendo Tsubasa não falar nada. — Tudo bem para todos?

    — Claro que sim, sabe disso. Iremos com você, Leozinho. — Rei sorriu, dando um beijo estalado no monge.

    — Tudo bem. — foi a única coisa que Tsubasa respondeu, levantando. — Vou me trocar então.

Leo suspirou vendo Tsubasa sair e ir se trocar, o monge até perdendo o que ia falar depois. Rei fez menção de ir atrás de Dan, ouvindo a voz de Shiruba.

    — Rei, você precisa também ir se trocar. — Zero olhou para o medalhão, querendo responder e sendo cortado. — Vá agora.

    — Vamos todos já fazer isso, assim não atrasamos. — Kouga se levantou.

Rei balançara a cabeça, deixando quieto e indo lá se arrumar, esperando o Leo para saírem juntos.
Tsubasa retornou, pegando Goruba e o colocando no pulso, passando a mão pelo cabelo escuro e o arrumando. Ele viu Kouga já retornar vestido, o ruivo observando os movimentos que Dan fazia.

    — Pronto! Arrumados e com tudo o que é necessário no casaco. — Rei entrara com Leo logo atrás de Kouga, abraçando a cintura do ruivo.

Kouga sorriu para o noivo, ouvindo a porta fechar. Tsubasa já havia saído, sem falar nada.

    — Vamos descer. — ele puxara Rei para o lado, segurando a mão de Leo também.

Gonza já servia a comida, o mordomo conversando com Tsubasa. Era algo mais ocidental, ao que parecia. E lógico que tinha o doce para o Rei. O jantar fora dominado pela conversa animada entre Rei e Leo, o monge explicando sobre a casa dele.

    — Tão difícil essa vida de único cavaleiro pobre. — Rei fizera um bico. — Pelo menos agora eu posso ser sustentado com dignidade.

    — Você não herdou as posses de Douji, Rei? — Kouga perguntara.

    — Ginga herdou e ele está morto, né? — Rei falara. — Eu não poderia ficar com nada daquilo, não seria o certo. Nunca fizera muita diferença, o dinheiro.

Kouga sorriu para o noivo, sabia bem como Rei era e que dinheiro não tinha a menor importância para ele. Para nenhum deles, na realidade. Hoje, no entanto, o ruivo sabia que sem ele não era uma vida fácil mesmo para um cavaleiro makai.

    — Gonza, nós vamos viajar por uns dias. Tome conta de tudo aqui, se precisar sabe como me encontrar. — Kouga disse ao ver o mordomo retornar para retirar a mesa.

    — Está bem, Kouga-sama. Será para algo do Senado? — Gonza viu a negativa do patrão, ficando curioso.

    — Vamos acompanhar Leo até a sua casa e ajudá-lo a resolver algumas pendências lá. — Kouga respondeu.

    — Ah, então será uma viagem de descanso. Assim é melhor. Boa viagem e retornem em segurança. — O mordomo fez uma mesura, tirando um sorriso do Leo.

    — Obrigado, Gonza-san. — O monge agradecera. Ele virou para falar com Tsubasa e vendo o lugar do moreno vazio e seu prato já retirado.

Kouga levantou, vendo Rei terminar todo o bolo que tinha sobrado, já se dirigindo até a porta.

Leo e Rei seguiram o ruivo, vendo Tsubasa saindo da cozinha e os acompanhar. Os quatro foram para fora, seguindo até a casa de Leo pelo caminho makai.

Gonza balançou a cabeça, levando o que sobrara na mesa para a cozinha, vendo o prato de Tsubasa intocado sobre a pia.

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Leo olhava a mansão em que crescera, a cabeça cheia de lembranças. Algumas boas outras nem tanto. Ele entrou primeiro, deixando os outros cavaleiros o seguirem. Era uma mansão com um estilo ainda mais antigo que a do Kouga, algumas fotos dele com o pai e o irmão, uma ou outra da mãe. E nenhuma de Sigma já adulto.

Kouga olhou ao redor com Rei já mexendo em tudo que era lugar e Tsubasa apenas parado, meio sem saber o que fazer. Leo sorriu para o Rei, mostrando as fotos dos pais, falando sobre eles.

    — Você pensa em fazer o que com essa casa, Leo? — Kouga perguntara

    — Eu não sei, não gostaria de me desfazer dela. Apesar de tudo, foi onde cresci e onde meus pais foram felizes. Apesar de que será difícil ter um herdeiro para ela agora. — O monge falara, ficando com o rosto vermelho.

    — Podemos adotar, assim todos vocês poderão ter um herdeiro para sua armadura. — Kouga dissera com os três olhando para o noivo. — Não?

    — Você pensa em adotar um filho conosco? — Rei perguntara, até meio incrédulo.

    — Sim, vocês não? — Kouga perguntara achando aquilo até meio absurdo.

Leo sorrira, fazendo um sim com a cabeça. Rei ainda estava meio pensativo, lembrando-se da forma que ele próprio havia sido acolhido por Douji. É, seria bom ter um igualzinho, um bebê adotado assim como ele fora. Pena que não poderia ter um mini-Kouga correndo pela casa.

    — Então, sempre existe a adoção. — Kouga sorrira para os noivos, vendo o sorriso deles.

    — Isso merece música de comemoração. Olha essa aqui, perfeita para tocar no nosso casamento. — Zero disse, já colocando a música para tocar. Era algo bem meloso, daquelas cantoras ocidentais que só cantavam coisas românticas.

I'll paint my mood in shades of blue
Paint my soul to be with you
I'll sketch your lips in shaded tones
Draw your mouth to my own  

I'll draw your arms around my waist
Then all doubt I shall erase
I'll paint the rain that softly lands on
Your wind-blown hair  

I'll trace a hand to wipe your tears 
A look to calm your fears
A silhouette of dark and light
While we hold each other oh so tight  

I'll paint a sun to warm your heart
Swearing that we'll never part
That's the colour of my love

Leo balançou a cabeça, sendo puxado pelo Rei para dançar, os dois indo até o Kouga e o abraçando juntos, fazendo o ruivo dançar também junto enquanto Rei cantava a letra meio que brincando com ela.

    — E como você tem algo assim para ouvir, Rei? — Leo perguntou e viu Rei dar uma piscada para ele, safado.

    — Tenho músicas para todos os momentos e gostos, Leozinho. — Rei respondeu, rindo.
Pegando o pincel de Leo, Rei imitava a letra, sem deixar de fazer os dois cavaleiros o seguir na dança, se divertindo com o rosto bravo de Kouga, dando pequenos beijos na boca do cavaleiro dourado.

    I'll paint the truth Show how I feel Try make you completely real. I'll use a brush so light and fine To draw you close and make you mine I'll paint the stars in the evening sky Draw their light into your eyes A touch of grace that softly falls on Your moonlit face  I'll trace your hand to hold in mine A kiss to mark the time A silhouette of dark and light While we hold each other oh so tight I'll paint a sun to warm your heart Swearing that we'll never part That's the colour of my love.

Kouga balançou a cabeça, virando para Tsubasa e indo chamá-lo para ficar mais próximo, o vendo dormir no sofá. Leo olhou para lá também, suspirando.

    — Acho que vou lá em cima ver como o quarto está. Vamos ter de ficar no quarto dos meus pais, é a maior cama que tem na casa. Na minha antiga acho que não cabe todo mundo nela. — O monge se soltou, indo ver como estavam os quartos.

Kouga viu o monge sair, puxando Rei para seus braços e continuando a dançar com ele até que a música terminasse. Amanhã ele encararia todos os problemas que precisava, não agora. Agora o que importava era estar ali, com eles e ouvir Rei cantando baixo em seu ouvido.

I'll draw the years all passing by
So much to learn so much to try  

And with this ring our lives will start
Swearing that we'll never part
I offer what you cannot buy
Devoted love until we die

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Continua





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