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Kouga passou pelo portão de embarque, carregando o sobretudo branco nos braços. Era muito estranho usar roupas normais e não as suas de cavaleiro makai e era ainda pior estar ali, no meio dos humanos, mas decidiram viajar do jeito normal e não pelas vias Makai. Iriam primeiro para a França e depois para Espanha de avião, indo depois de iate para Ibiza. Tudo feito pelo Gonza ou não iam a lugar algum. Como não queriam carregar malas e nem ficarem longe de suas armas, cada um trouxera seu sobretudo mágico.

Os quatro já haviam passado pelo check in e estavam indo em direção ao embarque, com Rei sentando ao lado do Kouga enquanto Leo ficava com Tsubasa logo a frente deles. Pela primeira vez usando o sobretudo que herdara do pai, Leo carregava suas coisas e tudo que usava como monge makai nele.

        — Kouga, onde é a reserva? Você não pegou exatamente o Chateau du Chantilly? —  Rei perguntou, vendo os outros dois prestarem atenção também.

        — A reserva é para o Auberge Du Jeu De Paume, foi reservada a suíte deluxe. —  Kouga respondeu, não gostando muito de estar no avião.


        — Hum, França. Rei-san se sentirá praticamente em casa, não é? Já que vai poder treinar todo o francês que quiser —  Leo viu o sorriso surgir no rosto do Rei. O monge sabia que o cavaleiro prateado amava aquele país, embora ele nunca tivesse explicado exatamente o porquê.

        — J'ai vraiment aimer cette partie du voyage. Presque à domicile. (Realmente vou adorar essa parte da viagem. Quase em casa.) * —  Rei respondeu piscando e fazendo com que Kouga sorrisse. Leo e Tsubasa ficaram sem entender nada, a expressão de perdidos. —  Apenas disse que realmente vou adorar essa parte da viagem, Leozinho e Tsuzinho. Me sentirei quase que em casa. —  Rei viu os dois morenos entenderem.

Os comissários de bordo começaram a preparar os passageiros para o voo, explicando a rotina que deveriam seguir e o tempo de viagem. Leo cutucou Tsubasa, mostrando um estranho logo à frente que não tirava os olhos deles. Era um homem alto, moreno e com traços marcantes. Parecia que ele olhava diretamente para o Rei que estava conversando com Kouga, alheio a tudo ao redor.

        — Melhor nem comentar para não causar nenhuma briga. —  Tsubasa falou baixo, vendo Leo concordar.

Kouga não estava com a melhor das expressões, na realidade ele descobriu que odiava aviões, e já estava perdendo a pouca paciência que tinha com todos olhando para eles. Assim que passaram pelos momentos em que não poderiam sair das poltronas, Rei ficou olhando para o Garo, percebendo que ele não parecia nem um pouco relaxado, tendo uma ideia. Zero cutucou o marido, falando baixo no ouvido dele:

        —  Vamos voar um pouco? —  O moreno piscou, levantando e puxando o ruivo consigo, o levando discretamente até o banheiro do avião.

Kouga seguiu o esposo, entrando primeiro no espaço apertado. Rei o virou para si, fechando a porta e o beijando, tocando a língua dele com a própria. Ele pressionou o corpo contra o do Garo, movendo o quadril devagar de uma forma mais do que sugestiva, arfando um pouco. Fazendo com que o moreno ficasse de encontro à porta do banheiro, Kouga aprofundou o beijo, deslizando a mão pela cintura do moreno e apertando o volume que já sentia se formar entre suas pernas.

Rei gemeu um pouco mais alto, sendo calado pelo Kouga que tampou a sua boca, mordendo devagar o pescoço dele.

        —  Sem barulho, minha Gisele. Sei que gosta que todos saibam o que estamos fazendo, mas é melhor que ninguém desconfie. Consegue fazer isso sem gritar meu nome? —  Kouga disse mordendo o lóbulo da orelha de Rei, chupando o pedaço de carne bem devagar e já abrindo a calça que o moreno usava.

Rei mordeu os lábios, aquilo não era exatamente o que ele havia planejado. Ele ajudou o ruivo a tirar a sua calça, controlando o gemido quando Kouga começou a passar a palma da mão pelo seu sexo, o deixando bem duro.

Colocando a perna entre as pernas do moreno, Kouga voltou a beijá-lo, deixando a boca carnuda toda marcada pela força e fome. Rei inclinou o rosto, dando mais acesso a língua do ruivo, subindo e descendo devagar pela coxa dele.

Rei abriu a calça do marido, enfiando a mão ali e puxando a ereção dele para fora, vendo Kouga o pegar no colo e passando as pernas ao redor de sua cintura, abafando o gemido na hora em que fora invadido pelo ruivo. Kouga entrou em seu corpo todo de uma vez, o preenchendo até sentir que estava inteiro no canal quente e apertado. A dor era quase insuportável e ao mesmo tempo deliciosa, era uma das coisas que Zero mais gostava. A sensação de ser dominado pelo ruivo ao mesmo tempo em que lutava contra isso.

Kouga começou a mover o quadril, estocando bem devagar, procurando atingir em cada movimento a próstata do moreno, vendo ele se controlar para não gritar. Rei cravou as unhas nas costas do marido, mordendo os lábios e os marcando mais profundamente. Os dois se moviam juntos, já tão próximos de gozar, bem próximos da plenitude. Mais algumas estocadas e Kouga sentiu o liquido quente escorrer por entre eles, jogando o próprio sêmen dentro do Rei, ele já começando a pingar pelas coxas do cavaleiro.

Os dois ficaram parados por um tempo, com Rei ainda no colo do marido, a cabeça apoiada em seu ombro e puxando o fôlego. Kouga puxou o rosto do moreno, o beijando devagar e passando a mão pelo lábio marcado. Saindo de dentro dele e o ajudando a ficar de pé, Garo virou e pegou um pouco de papel, limpando os dois o máximo que conseguia.

        —  Hum, agora entendi porque isso é tão sonhado por muitos. —  Ainda meio tonto e se apoiando no ruivo, Rei pegou a calça caída no chão.

        —  Sei. O fato que gosta de se exibir não tem muito a ver com isso, não é? —  Kouga o ajudou a se vestir, arrumando a roupa toda amarrotada.

        —  Nem um pouco, acho que tem mais a ver com você. —  Rei deu um rápido beijo no ruivo, abrindo a porta e encontrando uma pequena fila ali.

Pedindo licença e puxando o Kouga, nem ligando para as reclamações e as frases de imoralidade que escutava, voltando para perto dos outros dois cavaleiros que estava vendo um filme e discutindo porque os humanos gostavam daquelas coisas mundanas. Leo virou o rosto para eles, ficando com as bochechas rosadas.

Kouga sentou no seu lugar, sentindo Rei deitar a cabeça em seu ombro, deixando o moreno dormir ali, os bancos eram ajustáveis e foram escolhidos exatamente por isso, pela possibilidade de serem aproximados. Pena que não poderia ter os outros dois tão perto quanto Zero estava.

Eles acabaram dormindo, com Tsubasa deitando a cabeça no colo do Leo, todo espalhado pela cadeira/cama. Kouga permanecia meio alerta, deixando os outros três dormirem, sentindo a movimentação ao redor. Ele abriu os olhos quando ouviu uma pequena comoção mais a frente, três jovens estavam falando com um dos passageiros e ele estava assinando algo. Deveria ser um daqueles atores que os humanos tanto gostavam de acompanhar.

Eles já estavam adormecidos por um bom tempo quando os comissários se aproximaram, avisando que já iriam pousar, ajudando as pessoas a colocarem as poltronas na posição correta. Kouga acordou Rei, vendo o moreno se espreguiçar e sorrindo. O comissário se aproximou de Tsubasa, levando um susto quando o Garo segurou o pulso dele, pedindo desculpas. Garo viu o rapaz se afastar um pouco, deslizando a mão na curva do pescoço do Dan, o vendo despertar.

        —  Iremos pousar, Tsubasa. —  Kouga viu Leo se endireitar também, sorrindo para o ruivo com um sonolento Tsubasa levantando a contragosto.

O comissário fez um agradecimento, se afastando e indo até onde estavam os outros aguardando.

        —  Aquele ruivo das poltronas A10 é completamente insano e eu acho que ele mantém um caso com os outros três. —  Disse para os outros comissários.

        —  Pelo sobrenome achei que eram irmãos, vai ver ele é o mais velho. —  Uma das comissárias informou.

        —  Irmão, é? Ele estava com o que está sentado ao seu lado lá no banheiro, não é? Houve algumas reclamações sobre isso. —  Outro comissário comentou.

        —  E a forma como ele acordou aquele mais novinho ali da frente não é coisa de irmão. —  O primeiro disse ainda olhando na direção dos cavaleiros. —  Do jeito que pelo visto tem dinheiro deve ser o dono dos três. Tem um com cara de garoto de programa de luxo.

        —  Um? Todos você quer dizer. E dos bem caros, aquele novinho ali não me engana. Ele além de rico deve ser muito bom de cama. —  O segundo comissário disse com todos concordando.

O grupo se dispersou, indo para os seus lugares e ver se tudo estava pronto para aterrissar, sem perceber que haviam sido escutados.

***************************************************************************************************

Rei saiu da limusine em frente ao hotel. O carro fazia parte do serviço que Kouga havia contratado com o concierge do Auberge Du Jeu De Paume, entre outros mimos. Tsubasa saiu do carro seguido de Leo e Kouga, os quatro entrando e indo direto para a recepção. Uma moça loira estava aguardando e sorrindo para o grupo.

        —  Bonsoir, comment puis-je vous aider? — (Boa noite, em que posso ajudá- los?) * — ela perguntara com Rei se adiantando e falando.

        —  Réservation pour Saejima. — (Reserva para Saejima) * — o moreno falou, deixando a moça surpresa pelo francês impecável.

        —  Oui, suite deluxe. Nous n'étions pas prévenus ce serait pour quatre personnes, je voudrais changer pour une autre chambre avec quatre lits simples, Seigneur? — (Sim, suíte deluxe. Não nos foi avisado que seriam para quatro pessoas, gostariam de trocar o quarto para outro com quatro camas de solteiro, senhor?) — Ela perguntou ao Rei.

        —  Rei Saejima et pas, un lit simple est parfait. Elle n'a pas besoin d'être grand et robuste. — (Rei Saejima e não, uma única cama está perfeita. Ela só precisa ser grande e resistente) —  Rei respondeu.

        —  Je n'aurais aucun problème. — (Não teria nenhum problema) — olhando a reserva e vendo os nomes ali marcados. —  Sont tous frères? — (São todos irmãos?)

        —  Son époux. L'original Saejima. — (Esposos dele. O Saejima original.) — Rei apontou o Kouga. — J'ai changé mon nom à ne pas confondre avec frère, ma chère. Premier mari et qui est responsable ici en réalité. (Não troquei meu nome para ser confundido com irmão, querida. Primeiro esposo, e, na realidade, quem manda nisso aqui.)

Rei se divertiu com a confusão no rosto da moça, ele sabia que ela não teria como entender já que nem o casamento do mesmo sexo e muito menos o poligâmico eram permitidos em muita parte do mundo humano.  O fato era que agora eles possuíam novos nomes, com documentos providenciados pelo Senado, essa era a parte boa da grande influência que a Ordem Makai possuía na sociedade mundana, era dessa forma que muitas vezes eles ocultavam a sua existência e suas ações. O sorriso de Rei se alargou quando percebeu a expressão de aprovação de Kouga, fazendo a moça desistir de perguntar qualquer coisa além e balançar a cabeça entregando as chaves do quarto para Zero. Ele se virou, observando os outros dois morenos que pareciam perdidos no meio daquela conversa em francês, tinha certeza que se pudessem entender o teor do que havia sido dito, eles estariam mais vermelhos do que um tomate. Logo um rapaz se aproximou os conduzindo na direção correta.

Como não havia bagagem, o rapaz acompanhou os quatro, abrindo a porta da suíte e deixando com que os estranhos entrassem, explicando onde estava tudo, sobre o banheiro, como funcionavam os pedidos. Ao final o rapaz ficou olhando para o Kouga, parecendo esperar algo que o ruivo não entendia o que era. Rindo, Rei foi até o marido pegando a carteira dele e dando uma nota para o rapaz que agradeceu, saindo.

        —  Era só a gorjeta que ele esperava Kouga-kun. —  Rei disse. —  Você precisa lembrar que para os humanos normais, dinheiro é muito necessário.

        —  Hum. — Kouga olhou para o quarto, ricamente decorado em tons claros. Amplo e com uma sala separada para as refeições, deixando a cama em um local reservado.

Rei passou por eles, pegando no seu sobretudo o que havia trazido de bagagem, se dirigindo ao banheiro. Kouga virou para observar o que os outros dois faziam, vendo Leo andar pelo quarto, no mínimo reclamando das coisas mundanas e Tsubasa sentado meio apático. Tendo uma ideia ele foi até o banheiro, falando no ouvido de Rei que sorriu, fazendo um sim com a cabeça.

Ao voltar para o quarto, o cavaleiro dourado se aproximou do Leo, abraçando a cintura dele e sussurrando em seu ouvido, fazendo o moreno ficar vermelho, lambendo os lábios devagar, virando para o ruivo, meio inseguro.

        — Mas será que ele... —  Kouga deu um leve beijo no monge, a voz baixa e firme.

           —  Apenas faça o que estou mandando, my lady. —  Leo fez um sim com a cabeça, se afastando e indo até Tsubasa.

Ficando de frente para Dan, Leo levantou o seu rosto fazendo com que Tsubasa inclinasse a cabeça e o beijando, sendo correspondido rapidamente. O monge aproveitou para tirar o sobretudo que usava, o jogando de lado e empurrando o corpo menor para a cama. Kouga sentou de frente para os dois com Rei sentando em seu colo.

Tsubasa gemeu por entre o beijo, o corpo do Leo sobre o seu, o prendendo contra o colchão. Ele já tinha percebido a forma dominante que o monge usava, se submetendo aos poucos aos comandos do moreno. Levantando o braço para que ele tirasse a camiseta que vestia, Tsubasa virou o rosto com um suspiro longo ao sentir a boca de Leo em seus mamilos, sugando, mordendo, deixando a pele clara avermelhada.

Rei levantou e fora até os dois, tirando a roupa que Leo usava sem deixar que ele parasse o que fazia com Tsubasa, o monge descendo a boca até o ventre de Dan, lambendo o umbigo e os músculos do abdômen liso. Segurando a cintura fina, Leo levantou o quadril do cavaleiro, passando o rosto por cima do volume ainda coberto pela calça que ele usava. Dan ofegou, abrindo as pernas automaticamente e rebolando. Rei terminou de despir todo o monge, indo pelo outro lado da cama e alcançando Tsubasa, abrindo a calça que ele usava a puxando de uma vez só e jogando a peça de roupa longe. Sem dar tempo para qualquer reação, Leo segurou o membro de Tsubasa com os lábios como se o beijasse, passando a ponta da língua pela glande e o fazendo gemer mais alto, quase como um grito abafado.

Rei prendeu Tsubasa na cama, segurando os braços dele e aproveitando que estava perto, o beijando com fome enquanto Leo deslizou toda a ereção pela garganta, começando a sugá-la com força e também segurando a cintura do moreno no lugar, não deixando que ele se movesse para nada. Tsubasa era atacado pelos dois cavaleiros, sem conseguir quase respirar, sem conseguir se mexer, sentindo o corpo tremer aos poucos.

        —  Rei. — Kouga chamou a atenção do esposo, o vendo concordar e soltar Tsubasa, indo até o Leo e pegando em seu sobretudo um tubo de lubrificante, aplicando uma boa quantidade em suas mãos.

Zero segurou o sexo duro do monge, aplicando todo o lubrificante ali, indo de volta para a cama e para Tsubasa e fazendo com ele levantasse o quadril, usando mais um pouco do creme em seus dedos e os deslizando pela entrada de Dan, introduzindo dois de uma vez e rodando no canal apertando, fazendo com que alargasse um pouco. Virando o dedo no ponto certo, Rei sorriu ao ouvir agora Tsubasa gritar de verdade, voltando a mover os dedos ali, o fodendo com a mão da mesma forma que Leo o chupava.

Kouga levantou e foi até eles, o ruivo não tirando os olhos dos três esposos, vendo Tsubasa se desmanchar aos poucos na boca de Leo e o líquido pingar pelo canto da boca do monge. Leo levantara se encaixando melhor entre as pernas do Dan, fazendo com que Rei retirasse os dedos de dentro dele, colocando sua ereção no lugar e forçando a passagem, já vencendo a resistência do anel com facilidade e entrando todo de uma vez.

Tsubasa soltou um gemido meio estrangulado, os olhos fechados e contraídos pela dor, a boca entreaberta e trêmula. Kouga passou o dedo pelo lábio úmido do moreno, eles bem avermelhados depois dos beijos que recebera dos outros dois morenos. Leo começou a estocar, segurando sua cintura com força, fazendo com que ele gemesse cada vez mais alto. Rei aproveitou para manipular o sexo meio amolecido pelo primeiro orgasmo que Tsubasa tivera, o excitando novamente.

Leo inclinou o corpo para frente, atacando o pescoço de Dan, deixando pequenas marcas roxas ali, chupando e mordendo a pele sensível. Tsubasa gritou quando Rei usou a mão para apertar a base de seu sexo já novamente duro.

        —  Agora é só comigo que irá gozar, Tsuzinho. Não antes ou ficará sem graça nenhuma te comer depois do Leo. — Rei falou baixo no ouvido do Dan, o vendo tremer um pouco.

        —  Ah... ahhhhhhhh... Rei... eu ahhhhhhhh... — Tsubasa virou o rosto, deixando que uma lágrima escorresse com Leo entrando fundo em seu canal, sentindo o jato quente derramar por ele.

O monge quase caiu, o corpo suado e a mente nublada pelo orgasmo, saindo devagar de dentro de Dan, deitando ao lado dele, perto do Kouga. Rei não perdera tempo, virando Tsubasa na cama e o colocando de quatro, o puxando pelo quadril de encontro a sua ereção. O canal já bem lubrificado fora invadido rapidamente, mantendo o cavaleiro de quatro na cama e estocando com força, Rei encostou o peito contra as costas de Tsubasa, beijando a nuca dele, o puxando pelo cabelo com uma das mãos, fazendo com que ele rebolasse com a outra.

Tsubasa gritou, quase sem voz, sentindo novamente a onda de o prazer o dominar, como um choque que seguia de sua espinha pelo resto do corpo, sendo forçado a ir para frente e para trás, o rosto sendo virado pelo Leo que o beijara, abafando cada grito e gemido mais alto que escapava de sua boca. Kouga afastou o monge um pouco, levantando o rosto de Dan para si. Ele sentiu a língua do ruivo invadir sua boca, tocando em cada canto dela, rude, brusco e ainda assim amoroso.

Foi com esse beijo que ele gozou novamente, fechando o canal sobre a ereção de Rei, mas ela conseguindo ainda deslizar pelo caminho, entrando fundo mais duas vezes antes do Zero o seguir no gozo, os dois caindo na cama, mesmo esgotados. Tsubasa estava meio aéreo, quase sem se manter consciente, nem percebendo quando Rei saíra de dentro de seu corpo, sendo todo puxando na cama em direção ao marido. Leo soergueu o corpo, indo até o Kouga e tirando a roupa dele, o deixando nu.
Tsubasa foi puxado e abraçado pelo ruivo, a boca dele novamente na sua, o beijo ainda mais rude, marcando os lábios de Dan. Kouga segurou o esposo pelas coxas, o colocando em seu colo, apoiando as costas dele na cabeceira da cama, o deixando descer pela sua ereção. O moreno soltou um grito meio estrangulado, meio abafado, se apoiando no corpo maior, o ouvindo gemer em seu ouvido.

Kouga puxou Dan e o beijou novamente, estocando e o fazendo subir e descer em seu colo.

        —  Tsubasa, olhe para mim. —  O ruivo viu seu esposo abrir os olhos, eles já bem desfocados sabendo que o moreno estava no limite do último clímax. —  Sei que está cansado, mas quero que goze comigo. Consegue me seguir, minha prima donna?

Kouga falou muito baixo, a voz entrecortada por pequenos gemidos demonstrando que estava bem próximo do orgasmo, vendo Tsubasa jogar a cabeça para trás, as pernas forçando com que ainda rebolasse, ele abrindo a boca em um grito mudo, todo o corpo menor e delgado do moreno fora tomado por tremores e estava coberto pelo suor.

        —  Ah... Kouga, KOUGA. Ahhhhhh. —  Kouga fechou os olhos, entrando todo quando gozou, sentindo o líquido escorrer grosso pelas coxas de Tsubasa e pelo seu baixo ventre, segurando o moreno que desmontava em seu colo.

Tsubasa estava todo solto, parecia nem respirar e seu coração falhou umas duas batidas, as mãos fortes e firmes de Kouga eram o que o mantinha no lugar, ele perdendo completamente a consciência.

        —  Acho que o matamos dessa vez. —  Rei falara meio preocupado, dando espaço para Kouga deitá-lo direito na cama.

Kouga deitou ao lado deles, colocando Tsubasa sobre seu corpo, o sentindo respirar bem devagar, dando pequenos beijos em seu rosto.

Leo ficou deitado ao lado do Rei, a cabeça apoiada em seu braço. O monge já cansado também, quase adormecendo. Zero sorriu, deixando ele ali, puxando as cobertas que estavam na cama e os cobrindo. Kouga sentiu Rei os envolver com seu braço livre, sendo embalado pelo ritmo da respiração de Tsubasa até adormecer.

***************************************************************************************************

Kouga foi o primeiro a acordar, os esposos ainda dormindo tranquilamente ao seu lado. Tsubasa permanecia deitado sobre seu corpo, já respirava mais profundamente e parecia bem. Saindo devagar e sem o acordar, o ruivo foi até o telefone do quarto, pedindo o desjejum para eles ao serviço de quarto, escolhendo minuciosamente todo o cardápio. Eles tinham programado alguns passeios para o dia, principalmente indo visitar ao Chateau du Chantilly e tinham uma reserva em um dos seus restaurantes para o almoço. Tudo isso ele viu pelo roteiro que Gonza organizou e deixou para que seu jovem patrão não se perdesse ou esquecesse de algo.

Ele foi até o banheiro, tomando um banho rápido e pegando um dos roupões que estava ali para o uso dos hóspedes, ouvindo uma leve batida na porta assim que saiu, deixando a porta que dava ao quarto fechada e indo atender ao serviço de quarto. O rapaz deixou a comida na mesa, um típico café da manhã francês com muitos doces para satisfazer ao paladar do Rei, pegando o carrinho para sair. Kouga se lembrando do que Zero falou na noite anterior e dando a gorjeta.

Voltando para o quarto, o ruivo foi até a cama sentando próximo aos esposos, passando a mão pela cintura de Tsubasa. Rei sentiu o movimento, despertando aos poucos, apertando o Leo quase como se fosse um urso de pelúcia e virando para o Dan, beijando o pescoço dele.

        —  Bom dia. —  A voz meio sonolenta de Leo foi escutada, o monge já sorrindo para os três, vendo Kouga sorrir.

        —  Bom dia, Leozinho. —  Rei disse ainda beijando o pescoço de Tsubasa, o vendo virar o rosto e aproveitando para beijá-lo de verdade. —  Algo me diz que já temos o que comer. —  Falando bem baixo. —  Além de você, Tsuzinho. —  Vendo o Dan ficar vermelho. —  Fofo.

        —  Sim, vocês já têm o que comer e precisam levantar que temos muito que ver.  —  Kouga falou, já indo se arrumar e tirando o que precisava do sobretudo.

O cavaleiro dourado optou por uma roupa mais formal, usando um terno cinza escuro com uma camisa negra por baixo. Rei levantou da cama, indo para o banheiro. Ele puxou o monge, levando Tsubasa praticamente no colo.

        —  Senhor, sim senhor. Estamos nos arrumando já. —  Rei falou sem pensar, não vendo a expressão do marido.  Kouga levantou a sobrancelha, mas decidindo que era melhor não responder.

O ruivo voltou até a mesa, sentando e esperando os outros três. Kouga tomava uma xícara de café quando os morenos entraram. Rei usava uma calça jeans preta e uma camiseta branca com o seu sobretudo por cima. Tsubasa decidiu por botas e jeans claro e uma camisa de manga longa, bem justa no corpo e Leo ainda reclamava daquelas roupas estranhas, usando sapatos, calça social e uma camisa azul escura.

        —  Ah, é o paraíso. —  Rei falara vendo os pães, doces, geleias e cremes que estavam o aguardando.

O café passou bem tranquilo, com todos comendo e conversando entre si, falando sobre o itinerário que fariam. Rei era o mais animado, afinal ele poderia usar todo o francês que sabia. Kouga apenas observava os três cavaleiros. Era uma pena que aquilo seria apenas por alguns dias, aquela vida normal. Lembrara-se da conversa com Rei, pensando seriamente como seria a vida deles com um filho envolvido. Teriam que realizar muitas mudanças e contar novamente com a ajuda de Gonza. Uma coisa era quando uma sacerdotisa dava um filho a um cavaleiro makai. Ou mesmo uma humana normal, era fácil deixar a criança aos cuidados da mãe. No caso deles, as "mães" ainda teriam que manter sua rotina de caçadas, mas era algo que Kouga via cada vez mais inclinado e querendo ter.

        —  Pronto, podemos ir. —  Rei viu Tsubasa e Leo já prontos com seus sobretudos nos braços. O de Tsubasa era o que mais destoava com a roupa mundana que usava, mas ele não queria ficar longe do mesmo.

Os quatro saíram, seguindo até o saguão do hotel, com Kouga indo avisar que gostaria que as camareiras fossem arrumar o quarto. O ruivo viu o mesmo estranho que observara no avião, a mesma sensação que já o tinha visto antes. Quando o moreno virou para ele e sorriu ele se lembrou da onde. Era muito parecido com o Kakashi que encontrara na Terra Prometida.

O moreno ficou olhando para ele, ainda mantendo o sorriso, Kouga o ignorando solenemente. Uma das moças se aproximou pedindo um autógrafo ao estranho. Como ele imaginara, deveria ser algum desses atores que os humanos adoravam. Garo falou com a recepcionista que anotou a sua solicitação, já enviando as camareiras para o quarto. Ao virar-se para sair, bateu no estranho que se desculpou.

        —  Ah, desculpe. Sempre fico meio perdido em hotéis, odeio esses lugares. —  O moreno falou.

        —  Hum. Sem problemas. —  Kouga respondeu, não querendo prolongar a conversa.

        —  Yuki Jubei. —  Ele disse esticando a mão ao Kouga. —  Espero não ter estragado o seu dia.

Kouga pensou primeiramente em ignorar o estranho, mas o fato dele se parecer tanto com o Kakashi que vira na Terra Prometida o fazendo esticar a mão e aceitar o comprimento.

        —  Kouga Saejima e não, não estragou. Tenha um bom dia. —  Disse com o máximo de educação que tinha se afastando e indo até os esposos.

Encontrou os três já na porta. Rei e Leo estavam lendo uma revista enquanto Tsubasa estava parado. Três rapazes estavam próximos ao Dan, o olhando de uma forma que fez com que Kouga rosnasse baixo.

        —  Tsubasa, vamos. —  Disse esticando a mão ao moreno, puxando ele quando conseguiu segurá-lo, quase arrastando o cavaleiro.

Rei e Leo se olharam, achando aquilo estranho e seguindo os dois. Kouga parecia tão volúvel às vezes, mudando de humor com facilidade: tão feliz em um momento e depois surtando por qualquer coisa. A limusine os aguardava para levá-los até o passeio pelo Chateau du Chantilly.

Chegando lá, além da visita ao castelo, ao museu e aos lugares mais visitados, estava marcada uma pequena apresentação do espetáculo The Phantom of The Opera apresentando a versão mais famosa da peça com a apresentação do Michael Crawford e Sarah Brightman para comemorar o aniversário de estreia, seguindo então para o almoço reservado.

Todo o passeio fora normal, nada acontecendo para estragar o humor do cavaleiro e os outros pareciam estar se divertindo bastante. Apenas Rei parecia ficar algumas vezes com o pensamento distante e a expressão entristecida, mas tão rapidamente que ninguém percebeu essas mudanças no Zero. Chegando ao local marcado para a apresentação dos dois cantores já estava bem cheio. Michael Crawford estava começando a cantar sua música mais famosa, The Music of The Night.

Nighttime sharpens, heightens each sensation
Darkness wakes and stirs imagination
Silently the senses abandon their defenses
Helpless to resist the notes i write
For I compose the music of the night

Os quatro ficaram sentados nos lugares reservados, atraindo a atenção de todos ali. As moças e rapazes olhavam para eles, sussurrando e rindo. Leo sorriu, pelo menos era uma das poucas coisas normais que gostava: as músicas. Tsubasa ouviu encantado a bela voz daquele cantor enquanto Rei tentava traduzir um pouco da letra para ele. Um rapaz estava sentado próximo a ele, virando e falando em francês enquanto gesticulava na direção do moreno.  

Slowly, gently, night unfurls its splendour
Grasp it, sense it, tremulous and tender
Hearing is believing
Music is deceiving
Hard as lightning, soft as candle light
Dare you trust the music of the night...
Close your eyes for your eyes will only tell the truth
And the truth isn't what you want to see
In the dark it is easy to pretend...
That the truth is what it ought to be...

        Tsubasa tentou explicar da melhor forma que podia que ele não entendia nada daquele idioma, mas o rapaz continuava falando e gesticulando para ele.

        — Podemos falar em algo mais universal. — O estranho falou em inglês, vendo que não surtia efeito algum.

                — Não entendo nada do que fala. Vá embora. — Tsubasa já não tinha mais vontade alguma de perder seu tempo com aquele estranho insistente, querendo se livrar logo dele e falou em japonês mesmo, já virando o rosto para a frente, sem perceber que o rapaz abriu um sorriso.

          — Tudo bem, podemos sair para um outro lugar que te explico melhor. — O estranho continuou, mas ainda era ignorado pelo moreno. — Você tem uma boa aparência, feições harmoniosas. Já pensou em se tornar um ator? Fazer filmes, televisão? Não está me entendendo, hum? — O ruivo tentou tocar na mão do Tsubasa, sendo repelido.  

        —  Não. —  Tsubasa falou, chamando a atenção do Rei que resolveu falar com o estranho em francês.

              — Deseja alguma coisa, senhor… — Rei viu o estranho pensar, como se escolhesse a melhor resposta para o momento.

        — Só queria saber se ele já pensou em ser ator. — O estranho tentou desconversar, mas prestando atenção no que o Rei fazia.

           — Não, ele nunca pensou em seguir esse tipo de carreira. Se nos der licença, agora… — Rei voltou a traduzir um pouco da letra para Tsubasa enquanto Kouga ainda dava atenção para o Leo, sem prestar mais atenção naquele desconhecido.  

Softly, deftly, music shall caress you
Hear it, feel it, secretly possess you
Open up your mind, let your fantasies unwind
In this darkness which you know you cannot fight
The darkness of the music of the night

Kouga estava sentado ao lado de Rei e percebeu a conversa entre Tsubasa e o desconhecido. O ruivo já estava sem paciência por ver toda aquela movimentação em torno de um dos seus esposos., mas decidiu não interferir quando Rei se aproximou e entrou na conversa.  

          —  Desculpe, não foi a minha intenção assustá-lo, mas gostaria que ficasse com o meu cartão. Acho que deveria pensar na carreira de modelo. —  Ele ofereceu o cartão a Tsubasa, fazendo cara de inocente enquanto falava com Rei.

Rei pegou o cartão enquanto Tsubasa ficava afastado do estranho, deixando que Zero lidasse com aquilo. Talvez no mundo normal, aquilo fosse uma forma de chamar atenção de alguém. O cavaleiro prateado leu no cartão: Ken Jones —  Agente e Empresário de Talentos, sem dar mais nenhuma palavra, principalmente porque Kouga parecia não gostar nem um pouco daquilo tudo. Para evitar um problema maior, ele voltou a prestar atenção na música com Dan;

Close your eyes start a journey through a strange, new world
Leave all thoughts of the world you knew before
Close your eyes and let music set you free
Only then can you belong to me


Floating, falling, sweet intoxication
Touch me, trust me, savour each sensation
Let the dream begin, let your darker side give in
To the power of the music that I write
The power of the music of the night

Kouga viu o estranho voltar a se aproximar e tentar colocar as mãos na cintura de Tsubasa, o ruivo levantando e segurando o braço de Dan, o puxando. Não querendo estragar o passeio até ali, ele preferiu apenas trocar de lugar com o esposo, deixando ele sentado ao lado de Rei.

You alone can make my song take flight
Help me make the music of the night

Tsubasa não entendeu nada, olhando para o Rei com uma interrogação no rosto. Zero deu risada, era típico dele não perceber nada ao seu redor a não ser que fosse explicado palavra por palavra. Leo era outro ingênuo nesse ponto, ou um pouco pior. Tsubasa era avoado e distraído, já o monge era a ingenuidade que caminhava. O resto da apresentação passou sem nenhum problema, os quatro indo direto para o restaurante.

        —  Tsubasa. Não quero que fale com estranhos, em nenhuma hipótese. —  Kouga rosnou baixo, vendo o moreno franzir o cenho.

        —  E por quê? Não vejo problema algum em alguém falar comigo. —  Ele respondeu recebendo o olhar mortífero do Garo.

Rei entrou no meio, puxando Kouga e andando com ele, procurando acalmar o ruivo antes que acontecesse algo pior. Leo ficou calado, abraçando o Tsubasa que olhava para o outro lado.

        —  Kouga, acho melhor você lembrar que Tsubasa é avoado e não se toca exatamente das intenções alheias, principalmente quando ele só tem olhos para você. Ou para nós. —  Rei falou para o ruivo, o vendo ficar mais calmo.

        —  Eu sei, só não gosto que toquem no que é meu. —  Ele disse virando para Tsubasa e o segurando.

Leo foi andando com o Rei, deixando os dois se entenderem e entrando no restaurante. Rei falou o nome da reserva, o maitre os levando até a mesa.

Apesar de o almoço transcorrer sem grandes problemas e com todos gostando bastante da comida, era a sobremesa a grande esperada. Kouga até viu os olhos de Rei brilhando quando o garçom trouxe o prato de frutas vermelhas ao chantilly para ele, com calda de chocolate à parte. Para Tsubasa foi pedido uma torta de limão com chantilly e Leo optara por uma de chocolate, com Kouga se abstendo dos doces.

Rei estava no paraíso, literalmente. Ele lambia os lábios, os olhos fechados. Como era bom aquilo, realmente tinha um sabor completamente diferente do que havia já provado no Japão. Ele virou para o ruivo que o observava, sorrindo de repente e se inclinando. O beijo fora espontâneo, doce, feliz e atraindo a atenção de todos no local. Rei pouco se importava, podia contar nos dedos momentos como aquele em sua vida e apenas queria que Kouga soubesse o quanto estava se divertindo. O quanto estava realmente feliz.

Kouga provou do doce nos lábios do esposo, se afastando. Vendo que todos os observavam, o ruivo resolveu provocar, puxando Leo e o beijando também e depois Tsubasa. Rei que não perderia a oportunidade roubou um beijo do monge, pegando Dan e quase o deitando nos braços, dando um beijo de cinema nele, o vendo ficar meio vermelho.

Rei piscou, mantendo Tsubasa em seus braços mesmo com ele protestando, fazendo Leo rir ainda mais alto. Kouga olhou o relógio, tudo indo conforme o planejado até agora. Tinham para a noite entradas para uma das óperas mais procuradas e exclusivas em Paris e deveriam voltar ao hotel para se arrumarem. Pelo menos por enquanto não tinha acontecido nenhum imprevisto.

Continua.

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Nota das Autoras: explicando a França:

Gente, escolhemos a França como destino da lua de mel pelo fato do Ray Fujita (ator que interpreta o Zero) ser meio francês, e, como a própria franquia aproveita esse lado dele, introduzindo frases em francês para o personagem (ex: Zero Black Blood), achamos que ficaria legal aproveitar isso, além de ser uma maneira de homenagear esse ator incrível que tanto amamos (Eu e Su). Como não temos muitos dados pessoais dos personagens, aproveitamos alguns dos dados do ator e acrescentamos isso na fic. Agora podemos nos deleitar com esse fanservice, fazendo ele viajar para lá.

Sobre o uso do nome “Saejima” pelos outros cavaleiros:

Quando escrevemos esse arco, ainda não havia a liberação do casamento de mesmo sexo na maioria dos países na Europa, o que fez com que eles só tivessem o casamento aceito legalmente no mundo em que vivem. Depois de deliberarmos como seria resolvido isso, a Su teve a ótima ideia de eles terem influência no mundo normal e suas leis, criando os documentos com os nomes deles trocados, apenas sem poder indicar que seria por motivo de terem casado com o Kouga.

(*) Frances







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